quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Pontes





Até onde ir para salvar um relacionamento?

Com os relacionamentos que tive aprendi que em cada um deles levantamos "pontes" para nos unirmos a uma outra pessoa, e algumas dessas pontes são frágeis e podem ruir a qualquer momento, enquanto outras são tão sólidas que suportam qualquer tempestade que possa vir contra elas.

Talvez com essa metáfora consigo analisar melhor os momentos vividos ao lado de uma pessoa, seja ela de um circulo de amigos, namorado, ou família. Com todas as pessoas construimos meios de contato para que o relacionamento flua.

Mas o que quero levantar é a questão oposta: será que vale a pena reconstruir essa ponte quando por algum evento ela tenha ruido?

Aprendi durante toda a minha vida a agradecer pelas coisas e pessoas que recebi, mas não aprendi a perder as coisas e as pessoas. Sofremos muito quando um ente querido vem a falecer, pois não temos certeza absoluta para onde ele partiu, apenas temos varias idéias que aprendemos a aceitar sobre sua partida. E é ai que vem a questão maior: a dúvida.

Não sabemos ao certo se será melhor ou pior sem aquele relacionamento. As vezes damos de ombros a pessoas que poderiam ter sido únicas em nossa vida, as vezes temos medo de partir para outra, pois não sabemos se sentiremos falta do que estamos deixando para trás. Sempre a dúvida. As pontes são levantadas e sempre acreditamos que elas são eternas, que mesmo num futuro muito distante, ainda estaria firme de pé. Mas a vida sempre é expert em nos contrariar, nos mostrando que aquela amizade que achávamos que duraria para sempre, acaba de um dia para o outro.

Agora voltando a pergunta inicial: Será que vale a pena reconstruir o que a vida de alguma maneira derrubou? Novamente a dúvida e por que não dizer que o futuro é como o desenhamos no presente e que aquele relacionamento acabou porque era a hora dele, e que se acabou, era pra ser uma etapa vencida. Se trouxe louros ou se trouxe perdas, isso não cabe a ninguém supor, cabe apenas a mim descobrir o que posso aprender com essa situação. Se reconstruir ou não essa ponte, ai é uma nova história...

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Ele é Bonito Demais... E agora?




E quando o menino é bonito demais?




Nunca imaginei que isso fosse problema, afinal de contas quem é que não quer ter um gato de primeira linha ao seu lado, com um corpo de dar inveja até a mais pura das amigas da boate? E ainda depois da boate vir o melhor? Levar essa beldade para cama e saber que ele é tudo que seus mais intimos desejos buscam e um pouco mais?


Pois é, isso pode ocasionar alguns probleminhas de percurso sim, afinal de contas nada nesse mundo é perfeito e muito menos para nós pobres mortais normais.


Já estou me acostumando a sair com caras lindos e perceber os comentários maldosos ao meu redor do tipo: "o que essa beesha feia e gorda esta fazendo com esse gato?" Não foi uma e nem duas vezes em que passo por isso.


O pior é a insegurança que ataca ao perceber que o gato ainda está na dúvida e prefere as vezes ficar amigo nosso para poder biscatear bastante durante o restante da noite, já que recebe muitos dos olhares dos presentes na boite.


É bom saber que existe uma diversidade e que existe todos os tipos de gostos e belezas. Tem os que gostam dos coroas, e os que gostam dos ninfetos. Os que gostam dos gordinhos e os que gostam dos sarados. Sempre há uma meia furada para um sapato velho e que não faz parte do meu legado ficar sozinho, mesmo que eu tenha passado por isso não uma e nem duas vezes, mas diversas. Acho que estou aprendendo a ser trocado e aceitar que se não me quis é porque não era para mim e tentar não ligar mais para isso. Isso espero.

domingo, 2 de agosto de 2009

Amigos e Família.





Todos conheçem aquele velho ditado pra lá de batido mas de uma verdade plenamente imbatível: Amigos são a família que temos a opção de escolher.

A grande realidade é que somos seres profundos e possuímos caráter e personalidades bastante complexas e diferentes entre si, com isso transparecemos defeitos e ocultamos qualidades com muita facilidade. Não é fácil convivermos uns com os outros. Com família é assim, vivemos próximos todos os dias e nos defrontamos com personalidades e caráter diferentes dos nossos e procuramos nos adequar de alguma maneira já que não temos escolha. Mas quando com amigos é diferente, temos a opção de escolha de acordo com nossos próprios parâmetros.

Com os gays não é diferente, também temos esses choques culturais e ambíguos no tocante a nossas amizades. Temos uma sensibilidade nata e procuramos sempre pessoas parecidas conosco para nos bem relacionar. Quando digo sempre, estou relatando as características mais latentes de nossa personalidade se comparada a das pessoas com quem nos envolvemos. Dificilmente teremos relacionamento profundo com pessoas avessas a essas características. Isso não é preconceito e sim seleção natural. Diga-me com quem andas e te direi quem és! Provérbio mais que verdadeiro ainda. Se encontramos alguém parecido conosco em alguns aspectos, pode ser que ali uma amizade nasça.
Infelizmente há ao nosso redor pessoas com pontos negativos que precisam ser explorados e analisados para que não nos machuquemos com amigos e companheiros desleais ou que de alguma forma possam nos prejudicar. Como num relacionamento conjugal há necessidade de tempo para se conhecer bem a pessoa, para saber os defeitos e as qualidades e a possibilidade de construção de um relacionamento de cumplicidade a ser contemplado


Podemos assistir os Big Brothers e As Fazendas da vida e percebermos como as pessoas se chocam constantemente umas com as outras com suas opiniões e com suas verdades para então poderem viver numa pequena sociedade aceitável a eles.

Ai percebemos que cada um de nós possui uma história de vida, alguns sairam de casa cedo, outros perderam os pais, ainda outros moram com os pais e outros ainda com tios, ou ainda parentes próximos. O conceito de família tem se transformado consideravelmente nos últimos tempos e temos visto nascer novas formações bem além do tradicional pai e mãe que estavamos acostumados nas últimas gerações famíliares. Em alguns casos, como particularmente o meu por exemplo, mora-se sozinho e elege-se os amigos mais próximos como a família atual, já que a família original mora longe. Um dos modelos mais vividos por nós gays nos grandes centros.

É uma grande aventura ter amigos! Desde o momento em que me assumi como gay tenho gozado de amizades verdadeiras com pessoas verdadeiras que conheci no dia a dia ou no trabalho e até nas baladas. Acredito que atraio isso para minha vida já que procuro ser verdadeiro e leal para com eles como bom escorpiano que sou. Mas não sou bobo de acreditar que tenho amigos aos montes ou que sou amado por todos que admiro, mas que os poucos que tenho são leais a mim e não importa se eu tenho dinheiro ou não, se sou bonito ou não, ou então se tenho o que falar, estão ao meu lado e posso contar com eles em todas as horas.

Esses amigos sim são a família que escolhemos, ou melhor, aqueles que a vida nos presenteou.