quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Clarisse

...não leia se tiver coração fraco pulsando em seu peito...
... Parece que mais uma vez as coisas fugiram do controle em minha vida.
Não estou aqui para me defender e nem mesmo justificar qualquer atitude tomada no meu dia a dia, mas sim quero expôr o que sente meu coração, mais uma vez vítima da sujeira que permeia essa sociedade a qual tanto tento me adaptar...
Mais um sonho destruído, mais uma possibilidade jogada por água abaixo e o que me resta?
Estou sentado ouvindo uma música insonsa que conta a estória/história de uma menina que sofria de dependência e depressão, e o que lhe restou? Clarisse é o nome dela, e o que o seu autor canta... Estou cansado de ser vilipendiado, incompreendido e descartado. Quem disse que me entende nunca quis saber...
Acho que as portas da loucura estão abertas e estou inerte em frente sua batente. A mim resta entrar e deixar que sua imcompetência me absorva ou fechar sua maçaneta e olhar para trás. O que nos resta? O que é a vida além de tudo isso?
Ser forte? Ser homem? Ser nada? Ser esquecido? Ser, ser, ser...
Não sou e nem sei se sou. Algo apenas mais que um risco diferente e existente.
Sem passado e nem futuro, apenas presente. Tão inconsequente.
Nunca fui e nem deixei de ser. Apenas ausente e doloroso sonho que nunca se fez existente.
E o que me resta a não ser um sonho que não se torna real e uma realidade que nunca foi escolhida e nem mesmo pensada.
Não escolhi esse lugar. Não escolhi essa cidade e nem escolhi essa doença.
Nunca me julguem por ter escolhido mal, pois a vida não me deixou muitas alternativas a não ser aquelas fáceis com consequências penosas.
Quando soco meu rosto sinto a dor que a angústia esconde dentro do peito desaflorar em forma de tontura e lágrimas que não secam sem antes expulsar do corpo o mal que tanto tenta me possuir a fazer da altura uma fuga e dos remédios uma esperança inevitável.
Sentir o sangue na boca é como possuir o poder de absorver a morte...

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