sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Derrubando as Pontes!





Em conversa essa semana que passou com meu psicólogo... tudo bem, assumo que estou fazendo análise e tem me feito muito bem... falamos sobre o passado e o presente e como eles se repetem nos relacionamentos em consequência dos meus traumas infantis. É claro que não vou passar meu tempo relatando ou tentando explicar, mas fiquei pensativo em relação a um ponto, ou melhor uma ponte!


Pontes são meios pelos quais há ligação entre duas extremidades onde há uma obstrução natural. Momento Aurélio do dia! E são essas pontes que nos ligam umas as outras pessoas. Percebi que algumas pontes devem ser mantidas e restauradas constantemente, com meus familiares e amigos. Até com meus colegas de trabalho e clientes. São pontes importantes que me ligam as outras pessoas.


Porém descobri pontes em minha vida que estão por si só ruindo, e que precisam de uma ajudinha para serem derrubadas, mas percebi que essas são as piores para mim.


Em relação a meus relacionamentos fracassados, possuo ao menos dois que ainda quero salvar, mesmo que não haja a minima possibilidade de darem certo. Internamente luto com unhas e dentes para restaurar essas pontes para que possa novamente estar ligado a essas pessoas.


Infelizmente não me dou conta que pontes que estão a ruir não tem solução melhor do que serem derrubadas para depois serem construidas novamente. E assim vejo esses relacionamentos, eles me prendem ao passado de maneira a impedir que um novo amor chegue e assuma o lugar que ainda é deles.


Assumir que essas pontes devem ser derrubadas é o primeiro passo para fazê-lo!

Derrubar essas pontes e seguir adiante é o início de uma nova caminhada, cheia de surpresas e novos caminhos com novas pontes a construir!


E em minha imaginação me vejo como menino que em meio a um bosque atravessa um tronco sobre um riacho e antes de seguir adiante, derruba o tronco no rio com a certeza em mente de que jamais voltará por aquele mesmo caminho, jamais voltará atrás!

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

I'm Singing In The Rain





Estou em um relcionamento a 29 anos comigo mesmo e não vou deixar mais que a falta ou a existência de um segundo relacionamento com qualquer outra pessoa venha a atrapalhar a minha completa e desinibida paixão que devo ter por mim!

Não vou mais deixar de falar o que penso com medo de magoar quem quer que seja; com medo de que não me entenda ou pior, que me entenda e use isso contra mim mesmo. Se deixar de falar estarei consentindo com pensamentos e palavras algumas vezes injustas e irresponsáveis com meu bem estar!

Não vou mais viver à espera de alguém para ser feliz. Vou ser feliz agora e vou viver tudo que tenho direito hoje, pois o passado não existe mais e o amanhã pode nem chegar. Engraçado, a única certeza absoluta da vida é a morte... Irônico não?

Nem sei qual a razão por dizer essas coisas, mas senti que cada manhã que chega é uma noite que se vai e oportunidades de ser feliz que passaram...

Não é viver com medo ou apavorado com o futuro, nem sair ansioso com os acontecimentos, é a paz de saber que por mais que eu queira, não consigo ser culpado por todos os erros cometidos e nem acusar a outrem por quaisquer que sejam. É saber que estou na chuva sim pra me molhar e se depender de mim ainda vou cantando: "I'm singing in the rain"...
Ao menos é isso que pretendo...

domingo, 22 de fevereiro de 2009

Deus e eu!







Devaneios são a melhor maneira de criar que conheço!



Estava meditando sobre algo básico: Deus.


Ele existe? Ele está dentro de nós? Quem criou o universo? De onde vem essa fé!


Não poderia deixar de refletir sobre algo tão importante, pois acredito na pureza das coisas e nas certezas que possuimos ou naquelas que nos possuem. E acreditar em Deus ou não acreditar, vai ditar muito em nossa caminhada rumo ao desenvolvimento pessoal.




As vezes penso que se eu acredito nEle(isso o digo em letra maíuscula) e Ele não existir, estarei sendo um tolo perdendo meu tempo e colocando a minha energia de fé em algo abstrato e inútil; porém ao mesmo tempo, se Ele existe e eu não acredito, estarei perdendo as benevolências que poderia receber com sua crença. Para isso é preciso se posicionar em um lado.




"Não podeis servir a dois senhores, há de amar a um e odiar ao outro..."




Usei da própria Bíblia para me focar em algo real e muito difundido em nosso tempo: o sincretismo religioso. Acreditar em tudo em todos e em toda manifestação de fé. Isso é verdade ou é uma maneira de se apoiar em várias muletas ao mesmo tempo com medo de que alguma delas se quebre?





Nunca fui muito de esconder minha opinião sobre qualquer assunto, porém nesse ponto tenho um certo temor. Não quero confundir com medo, tenho temor ou respeito por todas as formas de fé, desde que seja legítimas e coerentes com a forma de viver de cada indivíduo. Desde que cumpram com algum propósito sincero de coração, porque se não for assim nada mais considero do que simples fanatismo.


Sou sincero de coração! As vezes acredito em Deus e as vezes duvido de sua existência. Se é possível isso, mas acredito que se Ele exista, acho que não da maneira como fui ensinado a crer, já que me levava a um senso preconceituoso e imaturo, mas como uma energia pura que permeia o universo e conforme acreditamos, com nomes e tomando formas diferentes. Dessa maneira consigo aceitar a diferença que as religiões me impõem, não as julgando pelo meu modo de crer!


A meu ver e conforme o que tenho buscado o certo é que Ele pode existir, mas ainda é minha a responsabilidade de viver bem ou viver abaixo do esperado. Então, se sim ou não, ainda vou buscar o melhor pra mim, sem me importar com o que vem depois, e isso deixo para uma outra hora analisar...





quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Pessoas Especiais!





Quase todos nós solteiros queremos encontrar uma pessoa especial e como isso não ocorre tão facilmente assim, ficamos reclamando de que essa pessoa não existe ou se existe, já está casada, gerando uma certa insatisfação com nossa vida sentimental. Mas uma verdade me veio a cabeça: quantos de nós somos essas pessoas especiais a quem quase todos procuram?

Acredito na força do universo e nas energias que os corpos emanam, e isso faz-me refletir sobre a maneira como temos cuidado de nosso próprio ser. Podemos analisar que geralmente a maneira como estamos nos sentindo acaba por atrair pessoas parecidas conosco e/ou com a mesma energia que emanamos no momento. Podemos perceber que se estamos maus, possivelmente aquela pessoa de mau com a vida vai nos procurar e se estamos bem iremos nos posicionar com outras pessoas...

Agora pensando dessa forma fica mais simples imaginar que energia viemos emanando, e com certeza as pessoas que estamos atraindo. Claro que não estou ignorando que pessoas são pessoas e que (graças a Deus) podem ser mudadas, e que ainda situações podem ser responsáveis pelos sentimentos que temos, mas não podemos nos aceitar como vítimas dos acontecimentos.

Se quero uma pessoa especial, simplesmente tenho de ser essa pessoa especial para atrair consequentemente alguém igual a mim. Será que quando quero um homem culto e inteligente, tenho ao menos lido um livro por mês para que quando ele quiser conversar comigo eu tenha um assunto que o possa encantar? Ou ainda, se quero aquele homem malhado e gostoso, tenho me preparado na academia para que quando ele olhar para meu corpo possa se orgulhar?

Será que tenho procurado me conhecer o suficiente para saber do que gosto e do que não gosto para que quando a oportunidade bater à minha porta possa identificar se a sorte está me presenteando ou se apenas o mundo com suas milhares de opções para me deixar confuso?

Da mesma maneira como eu quero ser tratado, eu preciso me tratar e me preparar, não apenas para satisfazer a outrem, mas sobretudo para ser a pessoa especial que sou para mim mesmo.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Dualidade - O feminino inserido no masculino, ou seria o contrário?




Encontramos mil desculpas quando o negócio é justificar uma requebrada a mais na cintura ou então um dedinho mínino que insiste em se destacar ao pegar uma xícara ou copo, mas o que podemos ter certeza mesmo é que somos seres muito enigmáticos.


Todos nós gays temos uma sensibilidade natural bem pouco vista em outros homens héteros e nos destacamos em áreas de atuação também exclusivas (antigamente) às mulheres. Alguns artigos científicos já confirmaram a igualdade de algumas áreas de nossos cérebros com os delas, talvez explique o porquê de tamanha identificação com o sexo oposto, como seus grandes amigos e confidentes. Quantos possuem muito mais amigas mulheres que amigos héteros? Mas ai vai também a identificação com o seu jeito de ser e ainda um pouco de preconceito hétero, mas não nos prendamos a isso.



Possuímos algo muito valioso que é a nossa parte masculina que imprime nossa força, nossa racionalidade diante de fatos e nossa mente perspicaz as quais agregadas ao lado feminino também apurado nos transformariam em seres digamos, completos. Invejem-nos héteros!


Pena que muitas vezes não conseguimos enxergar o quão somos agraciados com essa dualidade, com essa natureza tão especial. Nos diminuir pode ser a maneira como alguns setores da sociedade, principalmente na área profissional, tentam nos limitar como pessoas e nos subjulgar como competidores fracos que não merecem respeito.

Porém, somos nossos maiores inimigos pois temos de lutar contra o preconceito de dentro e de fora, em se tratando de nossas pequenas frescuras femininas, moldando-as para que não passemos vergonha na frente de outras pessoas. É normal chamar entre gays amigos barbados pelo feminino, mas na frente de outros preferimos manter um certo respeito.

Mas somente quando começamos a perceber o valor que temos como pessoas completas podemos igualmente nos vender pelo preço que o mundo deve nos pagar. E com certeza o mundo pagará esse preço, pois valemos cada centavo!

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Essa estranha gente de esquerda...




Estavamos eu, meu amigo Ricardo e nossa amiga Bárbara almoçando dia desses em um restaurante de Balneário Camboriú, quando prestei atenção ao modo com que algumas pessoas urtilizavam seus talheres de maneira elegante e coordenada com o garfo à mão esquerda.

Não entendo muito, ou melhor, nada de etiqueta e muito menos de como devo me comportar à mesa, mas uma coisa eu consegui perceber naquele instante: as pessoas que estavam comendo com o garfo na mão esquerda eram pessoas, digamos, diferenciadas ou ainda, nasceram em boas famílias que lhe deram uma educação preparada aos jantares elegantes aos quais estamos habituados nas novelas da televisão.

Não é de se estranhar que eu, nascido na capital paranaense, mas logo ainda pequenino migrei para o interior, para uma cidade de pouco mais de vinte mil habitantes, com poucos recursos financeiros que aos dez anos de idade conseguiu seu primeiro emprego ao trabalhar para sua mãe em um brechó de roupas usadas e sempre batalhando, mesmo por apenas o dinheiro para pagar um aparelho de som (como fiz por seis meses na adolescência) não teria muito contato com o glamour e os bons costumes à mesa.
Também não vou me diminuir dizendo que sou um troglodita ou coisa assim, mas não posso me assemelhar em muito a essa estranha gente de esquerda.

Nascidos em berço de ouro, não conhecem a dura lida do trabalho, a não ser que seus pais entendam a necessidade de ensinar a eles o valor de cada centavo recebido e de cada segundo de trabalho para consegui-lo. Não posso mesmo me assemelhar a eles, pois não tenho glamour suficiente para competir. Não posso ir a todas as baladas top no fim de semana, muito menos usar as roupas que mais tenho vontade de usar. As vezes é dificil conseguir manter o bom humor no fim do mês, quando o dinheiro já está no fim e pior, quando aquele gato te olha e você não pode convidá-lo para sair, pois teria de pagar um chopp...


Não estou generalizando e muito menos sendo racista com aqueles que tiveram essa sorte. Tenho alguns amigos que nunca tiveram dificuldades financeiras, mas que lutaram muito para conquistar seu espaço na sociedade com suas realidades diferentes. E nem por isso se tornaram omissos e muito menos arrogantes.

Tenho orgulho de ter vindo de onde vim, pois só assim reconheço o verdadeiro valor das coisas. E posso até aprender a comer com a mão esquerda, mas dificilmente essa estranha gente de esquerda aprenderá a ver a vida como eu a vejo...