Tenho o exemplo de um conhecido meu, o chamaremos de "Adam". Ele era um cara a quem poderíamos chamar de puta maior, pois com seu vasto currículo de encontros havia já ficado e mantido relações com toda a região de Balneário Camboriú e cidades vizinhas.
Era uma sexta-feira e estavamos eu e meu amigo Ricardo* na boite como sempre, dançavamos e bebíamos alguma coisa com teor alcólico, sem deixar de olhar para todos ao redor com a certeza de aquela noite conseguiriamos conhecer alguém legal.
Lá pelas tantas, ele chegou e através de um amigo em comum veio até mim, com aquele olhar maroto de quem esta ali a procura de algo para aquela noite apenas. Eu pouco me insinuava, mas aceitava os olhares e o jeito malicioso com que conversava comigo. Já bem tarde cedi. Fomos ao meu apartamento e tivemos uma louca e inusitada experiência sexual, dessas que assistimos em filmes tórridos de baixo calão. Em seguida dormi, e pela manhã lá estava ele novamente afim de mostrar-me mais um pouco de suas "acrobacias sexuais".
Á noite, fui a mesma boate com meu amigo e novamente estava ele lá, com seu olhar maroto, mas agora direcionado ao meu amigo Ricardo, que também não quis se fazer de rogado e como eu, o levou para casa e experimentou de suas habilidades sexuais...
Eu fiquei um tanto intrigado com eles, pois não estava tão acostumado com isso tudo e então fui falar com outro amigo, um pouco mais experiente para que me dissesse que postura tomar: se meu amigo estava dando em cima de meu namorado ou se ele era uma puta mesmo e não podia esperar outra postura. O Renato*, que já conhecia a pessoa melhor que eu, me tranquilizou dizendo que não era meu amigo que me traíra com meu namorado, mas sim que ele estava apenas se divertindo com o Adam, algo completamente normal, já que o Adam não era de ninguém... Ele pertencia a quem o quisesse por uma noite... apenas... e depois iria cair fora!
E assim Adam ficou comigo e com meu amigo no mesmo fim de semana...
Porém, o mais intrigante de tudo isso foi que alguns meses depois encontro eu novamente a Adam em uma caminhada pela orla e ele me conta que esta casado e feliz com um gerente de produção que havia conhecido em uma cidade vizinha e não sabia como podia ter perdido tanto tempo com casos sem importância... (Como eu por exemplo)
Fiquei um tanto quanto decepcionado, já que não ia mais poder ter aquelas acrobacias novamente, mas feliz por ele ter encontrado seu caminho com alguém especial.
Será que era amor que ele sentia, ou agradecimento, pois a sua nova paixão também lhe deu além de um amor incondicional, um automóvel e um apartamento novinho, e uma vida bem diferente daquela vivida nas boites do mundo gay.
Então me questiono constantemente: quem foram as putas, eu e meu amigo Ricardo que usufruimos (seguramente) do caliente poder do sexo sem culpa e sem compromisso ou o Adam, que recebeu uma ótima salvaguarda financeira e sentimental por aceitar amar alguém dessa forma?
*nomes dos personagens foram modificados para proteger a integridade dos envolvidos....
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