terça-feira, 28 de abril de 2009

Fantasmas!!!





Inverno chegando, e um arrepio súbito toma minhas costas e me faz temer um fantasma que me assombrou no ano anterior: o de passar mais um inverno sozinho...


Nosso Eu pode ser dividido em três partes distintas: corpo, alma e espírito. Isso não é uma aula de física ou teologia! Com o corpo sentimos o mundo material; com a alma manifestamos nossa personalidade e com o espírito nos abrimos a um mundo que vai além do que podemos asseverar.


Sinto que sou uma pessoa sensível ao mundo espiritual, ao menos era na infância e no início da adolescência, quando ainda estava aberto as novidades da vida, e acabei tendo várias experiências com entidades e divindades espirituais, que me guiavam e me protegiam, não que deixaram de fazer isso, mas agora não as sinto mais tão próximas como antes.


Certa feita senti minha alma sendo levada para fora do meu corpo e voar por fora de minha casa onde seres místicos me aguardavam, sendo possível ver claramente a lua cheia e clara de uma noite de outono belíssima. Na manhã seguinte acordei dentro de meu guarda-roupas trancado pelo lado de fora...


Não me surpreendo mais com nada que me falam e nem espero que me creiam, se sei o que vi!

Mas um medo surpreendente me consome. Os fantasmas da solidão ainda me assombram.


Ter medo nos protege. Não vou ficar muito próximo ao parapeito de um prédio com o medo de cair do alto. Mas esse medo é aquele que me aprisiona e me vulnerabiliza.


Espero esse inverno eu ter a mesma coragem de quando tinha dez ou doze anos de enfrentar meu fantasma e dizer que não pode me ferir e nem mesmo me aprisionar. Espero que os seres místicos ainda me protejam, mesmo que eu não mais os veja.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Críticas, críticas, críticas...





Todos nós temos um dom em comum. A sutil arte de criticar!

Isso falo como entendido, pois sou o maior de todos os críticos que conheço.

Criticamos tudo. Ouvimos alguém falar e já estamos com a refutação sobre o assunto na ponta da lingua. Não importa se o que falou era verdade ou se serviria para análise, mas uma crítica certeira bem lançada contra o autor da idéia impõe respeito a quem quer seja.

Parece que hoje é errado aprender coisas novas. Esqueçe-se que um espírito humilde e aberto para novos conhecimentos está tão fora de moda quanto calças boca de sino.

O Brasil possui mais de cento e cinquenta milhões de técnicos de futebol, mas apenas um que tem a coragem de assumir tal responsabilidade, que dá a cara a tapa e como é criticado...

A arte tem milhares de nuances e milhões de criticos para cada uma delas. Será que não há uma maneira de viver a arte e suas ramificações sem que sejam ridicularizados aquelas que não conhecemos ou aprovamos?

Espero que minha crítica seja construtiva (aliás, a mais frequente forma de critica que possuimos, onde criticamos abertamente e somos ainda considerados bons samaritanos) e ainda, que possamos aprender com tudo isso.

Mas a pior de todas as críticas que recebemos é aquela visão que temos de nós mesmos. Sou mais capaz do que tenho me críticado. Não é um surto de pensamento positivo, ou fechar os olhos para meus defeitos, é aceitar o meu esforço sem me criticar demasiadamente. É criticar a crítica que tenho sobre mim e e meu modo de viver. Uma crítica pode matar uma pessoa mas um gesto de amor pode reacender qualquer espírito.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Homens Descartáveis!





"Eu te juro amor eterno..."


Fazer esse tipo de jura de amor é lindo quando se está apaixonado, ou quando se está amando de todas as milhares de maneiras que existem para se amar, mas quando se está em um quarto sozinho refletindo sobre o que é amar eternamente e todas as implicações a que isso leva, então percebe-se que não amamos o suficiente para isso. Pior ainda, amamos muito menos.


Conclusão essa que cheguei ao verificar a quantidade de pessoas que os jovens beijam em uma balada e nem lembram mais seus rostos nos próximos dias. Ainda, quando transar é mais que uma obrigação a um encontro, mesmo que esqueçamos que a palavra transar derive de uma transação comercial... E ninguém está se referindo a prostituição aqui!


Não quero criar polêmicas, mas quero apenas levar a meditação: Será que os homens têm se tornado uns aos outros descartáveis?


Algo descartável é para ser usado uma única vez e jogado fora já que não será reaproveitado. Quantas vezes uns usam aos outros para satisfazerem seus desejos e depois os ignoram e os descartam? Várias seriam as desculpas para justificar essa atitude, mas a grande verdade é que estamos cada vez mais seletistas e com a comunicação global ainda mais indecisos com as milhares de opções. O mundo se tornou um Menu onde você pode abrir e pedir de acordo com sua fome. E isso não é ruim.


Como nós gays estamos acostumados com nossas atitudes, a quebrar paradigmas que a sociedade, a religião e a família nos impõe, acabamos as vezes por derrubar junto a eles os valores que também deveríamos lutar por possuir. Um deles eu chamaria de respeito. Respeito um pelo outro e o mais importante, por si mesmo!


Foi embora os tempos em que a ingenuidade nos fazia crer no amor eterno e nas doces palavras ditas à luz do luar...

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Não sou a Madre Teresa de Calcutá...






Fazer caridade não combina muito com minha personalidade. Não que eu seja um anticristão ou então um maldoso seguidor de Hitler, apenas sei que fazer caridade deve ser praticadas por pessoas que possuem, digamos, um dom para isso.


Numa sexta a noite o destino meu e de meus amigos era o de sempre: balada! E como estava sozinho, e isso já a algumas semanas, começei a analisar criteriosamente os presentes ao evento.


Mas como sempre ocorre, um amigo de um amigo meu queria me apresentar alguém, e esse alguém nada mais era do que um rapaz que em nada combinava comigo e em nada me atraia.


Mas então você olha para o lado e vê que você é a única pessoa que ainda permanece sozinha naquela noite de ferveção total. Passa pela cabeça coisas como: O que é que eu vim fazer nesse lugar? Onde será que o gato que eu desprezei outra noite se escondeu? Ou então, aceitar a missão em prol da paz mundial e de quem sabe um sapo que venha a se tornar um principe em um cavalo branco ficando com o guri para ver no que dá!


Como eu suspeitava, deu merda!


O guri beijava muito mal, um misto de beijo cachorrinho (lambido) com beijo melado que ne sufocava, mas ainda sim podia estar dispensando o homem dos meus sonhos, pois ainda podia ele aprender a beijar para me agradar.


Ledo engano! Começou beijando mal, terminou a noite beijando mal!


Dei um jeito de despistar o atraso de minha noite e procurei meus amigos para ir pra casa e nada. Todos já haviam ido embora e apenas eu havia ficado, sem conseguir me comunicar com eles.


Como em um filme de hollywood, sai procurando um taxi, ligando para todos taxistas que conhecia e nada. Fui embora caminhando. Para completar, uma chuva torrencial caiu sobre mim e meu desalento. Depois de praguejar, chorar e lamuriar muito a sorte que havia apenas se escondido, novamente sorriu para mim, e na altura de um túnel uma mão amiga me ofereceu um guarda-chuvas e um pouco de carinho para esse corpo gelado...


Digamos, nada mais justo pela bondade praticada anteriormente. Mas ainda assim, se o beijo não fechar, não vou mais enrolar.... hehehe

domingo, 12 de abril de 2009

Perseguição!




Mais um dia de trabalho concluido e nada mais justo para Timóteo do que seguir em direção à sua casa e desfrutar de mais uma noite de descanso em frente a TV assistindo a um episódio da novela das oito e comer alguma coisa feita por ele próprio apenas com a pretensão de forrar o estômago, já que não esperava visitas para aquela noite. Na realidade nem naquela e nem nas muitas outras que se passariam naquele mês de Agosto.
A noite cai mais cedo, prova de que o horário de verão se findara e o inverno estava se fortalecendo a cada dia que se passava. Apenas uma impressão estava mais latente para Timóteo: A impressão de ser seguido!
A alguns passos atrás dos seus, um homem usando um chapéu e um cachecol enrolado no pescoço, cabisbaixo, o seguia. Deveria apenas estar indo na mesma direção, já que seu apartamento fica em um bairro bastante movimentado, habitado principalmente por pessoas que trabalham no comércio de sua cidade.
Acreditava que ao atravessar uma esquina e dirigir-se para o outro lado já seria o suficiente para distanciar-se do estranho que o seguia. Porém, o mesmo caminho era o escolhido pelo estranho, que apenas detém-se por um instante para acender um cigarro e em seguida continua seu percurso na mesma direção de Timóteo.
_Esta apenas indo na mesma direção que eu! Pensa o confuso Timóteo.
O caminho é longo, e sempre a mesma distância os separa. Timóteo e sua cada vez maior pressa de chegar em casa para fugir dos olhares furtivos do estranho que o segue, e o estranho que o segue na mesma direção como se não tivesse outro caminho a ser perseguido para ele naquele momento.
_Será um maníaco assassino? Será um estuprador? Será um ladrão e assassino? Mas por quê eu? Existem tantos outros que andam pelas noites após tardes exaustivas de trabalho. Dinheiro? Não tenho! Beleza? É ruim! Bens materiais? Nem um carro tenho, o que é que essa pessoa quer de mim?
Timóteo percebe que não há outra alternativa a não ser enfrentar seu medo e interrogar o transeunte. Mesmo que isso o coloque em posição delicada, ou então forçe o instinto assassino do mesmo que ao ser confrontado não tenha outra opção a não ser matá-lo.
Ao olhar para trás, o desconhecido atira seu olhar em direção aos olhos de Timóteo, que mais se apavora, já que ele sabe do medo que o mesmo esta sentindo. Dizem que o cão só morde se perceber que sua presa esta com medo, e nada mais certo do que ele ser atacado devido seu medo, que agora está transparecendo por seus poros.
_SOCORRO! Quer gritar, mas não pode fazer escandalos e já está chegando em casa mesmo. O melhor a fazer é correr pelas ruas vazias e escuras até seu prédio e trancar-se em seu apartamento até que o perigo desapareça. Percebe então que está sozinho na frente de seu prédio. O medo parece que dá lugar a uma sensação de alívio.
Coloca então a chave na fechadura nas portas da portaria e uma mão lhe pressiona as costas...
_Timóteo?
O medo toma conta de Timóteo, pois além de apavorante o assassino o conhecia e havia se escondido até poder chegar bem de perto e o matar pelas costas com uma faca, um machado ou algo mais terrivelmente cortante para enfim ter uma morte horrenda!
_Timóteo, você não me ouviu lhe chamar? Sou eu seu vizinho Afonso do 401. Fiquei olhando para você para ver se você me reconhecia, mas parece que não. Estava próximo à sua empresa e acabei vindo após você por todo o caminho...





Ernesto e o Espelho




Olhando para o espelho, Ernesto vê sua face refletida nem mais e nem menos do que ela é, ainda que acredite piamente que aquele reflexo é o de sua face, mesmo que não a conheça de outra maneira a não ser por meio daquele pedaço de vidro espelhado.

O que vê são indagações e incertezas. Chegou até ali mas para onde mais vai conseguir ir?

Os traços no rosto refletem que o tempo foi passando impiedosamente e não tinha mais o reflexo de alguns anos atrás, conservava apenas detalhes únicos de sua fronte, herdados por seus ancestrais entre eles olhos azuis e uma boca carnuda que na adolescência lhe chateava devido a cor vermelha que contrastava com o branco pálido de seu rosto parecendo que constantemente usava batom, talvez o motivo por gostar de meninos no futuro. Talvez não!

Mas o tempo é cruel e isso não é regra. Com Ernesto foi sim maldoso, e a culpa foi sua. Alimentação errada, vida sedentária e constantes noitadas alucinantes ao som de músicas altas, com o gosto de cigarro e bebidas, nada muito forte, mas nada também fraco. Digamos uma vida bem vivida.

Eram essas festas que estavam em seus planos de sucesso ou foi apenas momentos de diversão enquanto se realizava o que pretendia? Digamos, para clarear as muitas idéias de um ser pensante e batalhador.

Cadê tuas idéias Ernesto? Cadê o homem que ia mudar o mundo com seus conceitos? Cadê esse homem que nasceu para ser diferente e acabou... igual a todo mundo?

Diante do espelho ninguém pode ocultar-se, não há como esconder e nem fantasiar. É o que é e pronto! Diante do espelho percebe-se o que todo mundo vê, o que todo mundo aceita como verdade absoluta.

Ernesto ainda analisa uma ruga próxima a seu olho e percebe alguns cravos e finalmente entende o que vê.
Ernesto, neste caminho onde foi que você se perdeu?

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Os 07 Pecados Capitais Gays na Hora da Caça!!!

texto do Sérgio Ripardo para a revista virtual A Capa... DIMAIS!!!

Por que ninguém fica comigo na boate, na sauna ou no cinemão? O que faço de errado para sair sempre faminta, de mãos abanando? Mesmo os deuses gregos se dão mal na batalha da paquera. Não adianta chorar o “leite não derramado”. Habitués nas arenas do sexo, consultados por Destaques GLS, elegem os 7 pecados capitais que mais atrapalham a hora da caça.

1- Insistência: evite abordagem agressiva ou inconveniente, aceite as negativas sem drama, tenha tato e sensibilidade para captar oportunidades de paquera. Não encare um “não” como rejeição a sua pessoa. Não arme barraco nem resmungue em dark room ou cabine. É uó. Não tente demarcar território, ocupando cabine ou reservado só por pirraça.

2- Descontrole: cuidado com o vexame dos excessos. Nada de enfiar o pé na jaca com bebidas e drogas. Gente esfuziante afugenta potenciais parceiros. Não corra de um lado para outro, tentando agarrar todas as necas, como se fosse um pega-pega na escola. Ninguém tolera putinhas no cio. Nada de assovios, gritos, urros e palmas. Sutileza!

3- Indiscrição: celular tocando em point de pegação é o fim da picada: “Oi, amor, tô aqui preso no trânsito. Chego já, já”. Isso brocha. No flerte, não encha a pessoa de perguntas. Não force ninguém a fazer parte de confraria. Estude, sozinho, o terreno, a espreita, como um felino. Silêncio! Evite os “sofás da Hebe” dos cinemões, onde uns se plantam para tricotar ou monitorar os outros. Queima filme!

4- Palhaçada: se rolar papo num ambiente de sexo, evite contar piadas, tirar sarro ou narrar transas como um locutor de futebol. Isso corta o barato. Não banque a estrela de “Sex and the City”. O lugar é só para sexo, e não tititis. Vá tagarelar com as amigas no café, no bar ou na padaria da esquina. Não piche portas nem paredes com seus fones, e-mails, tamanho do seu dote.

5- Sujeira: fique atento à higiene e aos riscos a sua aparência. Não se encoste em qualquer parede ou poltrona. Vá ao banheiro checar possíveis manchas na roupa ou cabelo. Nada pior do que sair da sauna ou do cinemão carregando coceira, chatos ou doenças sérias. Cuidado com locais onde rola a prática da “porca suja” (gíria de travesti para quem suja o pênis do ativo no anal sem camisinha, vulgo “passar cheque”, e depois faz um oral nele).

6- Acidentes: gente destrambelhada sofre para fisgar parceiro, pois é um alerta constante de risco. Até consegue chamar atenção, mas quem tem coragem de se aproximar de quem cai de escada, escorrega no banheiro, perde comandas, derruba copos e garrafas, derrama bebida na roupa, põe fogo em guardanapos ou entope privadas? Às vezes, não custa consultar o horóscopo do dia antes de sair de casa. Até na pegação é preciso ter um pouco de sorte.

7- Carência: não tire os pés do chão. Não se apaixone pelo primeiro que lhe oferecer atenção e sexo. Não não vire presa fácil para ambiciosos, michês ou bandidos. Devagar com o andor que a neca é de barro. Não vá logo contando seus segredos, entregando as chaves do seu coração (da casa, do carro...). É para desconfiar de tudo. No mundo de hoje, ninguém gosta de ninguém, até que se prove o contrário. Não precipite nas declarações piegas, nos planos para o futuro. E não corte os pulsos se descobrir que ele mentiu o nome, a idade, o local de nascimento e residência, a profissão. Se não rolar, não persiga a pessoa fora do local de pegação, não pegue no pé ao reencontrá-la no mesmo point no dia seguinte. No mundo gay muita gente está em constante estado de fantasia ou muito escaldada com as ciladas do ego, na incessante busca de um simples orgasmo. Mas não desanime. Esqueça o passado. Olhe para frente. Amanhã um outro aparece.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Outra Palavra: Procrastinação!




Dando sequência a uma série de palavras com as quais tenho me defrontado nos últimos dias, cheguei a uma estranha, mas que logo em seguida quis analisar mais tarde por não ter tanta importância assim ou ter outras coisas para fazer... Procrastinação!



É essa danada a responsável pela nossa constante mania de deixar tudo para depois, ou para amanhã ou ainda para semana que vem. Esse texto tenho deixado de escrever a algumas semanas, já que sempre vou deixando para depois e esse depois nunca chega (pelo menos até hoje!).



Deixar para depois é o mesmo que nunca estar preparado para realizar algo que já podia estar feito, mas também uma mania que nem sempre tem fundamento, que acaba por atrapalhar muitas tarefas simples e imprescendíveis.



O engraçado é que quase sempre faz-se uma coisa bem menos importante em questão, do que aquela que foi deixada para mais tarde, e o pior é quando o ócio (aquela vontade de ficar sem fazer nada) impera, ai mesmo que conseguir realizar aquele tarefa deixada para depois, praticamente se torna impossível.


Então prazos são descumpridos, pessoas desapontadas, oportunidades perdidas e ainda uma sobrecarga de tarefas, já que a que foi deixada para depois terá de ser feita mais cedo ou mais tarde.


Para fugir disso nada melhor do que uma DECISÃO! Decidir fazer o que tem de ser feito e pronto. Se a pessoa tem um temperamento mais agitado e explosivo é bem capaz que não sofra com isso, mas também é bem capaz de começar mil e uma coisas e não terminar nada. Ainda que faça aos poucos e devagar, ainda é melhor do que deixar de fazer o que tem de ser feito.


Decisão é um ato que impõe pratica e determinação. Se tenho deixado algo por fazer, decido-me ir e praticar o que precisa ser feito... Falar apenas não resolverá nada, irá apenas sinalizar onde está a falha que precisa ser corrigida!


Deixar para depois terminar esse texto não é mais uma opção, é a minha decisão de deixar a procrastinação para lá! Eita palavrinha complicada!