
Estava essa tarde assistindo o dvd do Nárnia II - O Príncipe Caspian, e me decepcionei um pouco com o filme. O motivo: como posso torçer por um exército de criaturas medonhas do bem contra um exército de homens maravilhosos do mal?
Sei que tudo não passa de um filme e que todos os atores estão ali mesmo para contar a estória e tal, mas queria frisar uma situação que todos passamos ou pelo menos estamos acostumados rotineiramente que é a de termos nossos estereótipos perfeitos.
Se eu perguntar qual o modelo da família perfeita, e quase cem por cento da população irá apontar o caso de um homem, uma mulher e duas crianças, de preferência um menino e uma menina. O cinema americano retrata a família ideal como algo a ser perseguido e recebemos como herança esse legado. Agora, quando não temos o exemplo do bandido e do herói a quem perseguimos como modelo?
O homem perfeito muitas vezes é aquele trabalhador, bonito, sem barriga, versátil na cama, que não é afeminado, é másculo, não fuma e nem bebe. E quantos de nós esperamos topar com um desses ao dobrar da esquina e nos frustramos quando o que encontramos é mais um oposto do homem ideal.
Mas o que esperamos é que nossos estereótipos sejam atendidos. Que os bandidos sejam feios e os mocinhos sejam lindos e charmosos. É assim (ou pelo menos deve ser assim) no cinema e no fundo queremos que seja em nossa vida real. Temos o cinema como um alvo. Sempre queremos que o final seja feliz e que o mocinho salve a mocinha e sejam felizes para sempre. É ilusão? É! Mas o que seríamos de nós sem nossas ilusões?
Pra mim perfeição é o Diário de Bridget Jones, afinal de contas ela não era o estereótipo de beleza, mas conquistou os dois galãs da história sendo sim um marco de sensualidade e poder da mulher... que por fim se deu muito bem. Por que não sonhar com essas histórias?
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