domingo, 15 de novembro de 2009

Curtas histórias...






Mathias conheceu Robson de maneira inesperada, através de um contato no orkut de um amigo em comum e acabaram se apaixonando. Se amaram de todas as maneiras que a vida lhes permitia e juraram promessas de paixão eterna. Construiram planos e passaram a integrar um ao outro em suas vidas. Um dos casos antigos de Robson arquitetou um plano para separá-los com mentiras a respeito de Mathias, o que derrubou as finas estruturas levantadas por ambos. Após seis meses de um tórrido romance, terminaram e hoje são amigos.


Julian lecionava e Daniel trabalhava com Recursos Humanos em uma grande empresa. Ambos iniciaram um namoro com muito sexo, pois se completavam na cama como com nenhum outro casal. Daniel e Julian ficavam fins de semana inteiros trancados em um apartamento apenas curtindo um ao outro. Julian morava a cem kil0metros de Daniel e essa distância os afastava fisicamente e a saudade não aumentava. Decidiram estarem livres para relacionamentos mais próximos e serem amigos.


Estevão adora se relacionar com as pessoas. Todos o amam e querem estar perto dele. É bonito, simpático e possui um sex appeal fenomenal. Gosta de balada e ama se aventurar pelo mundo. Curte drogas leves e raves exporádicamente. Não se prende a ninguém. Rafael é apaixonado por ele, e acredita que um dia eles vão ficar juntos...


Marcos sempre foi apaixonado por música. Suas seleções musicais baixadas na internet eram as preferidas dos carros de seus amigos. Nunca foi muito de balada, mas sempre gostou das coisas boas da vida. Trabalhou duro sempre. Enquanto ainda namorava, em uma pequena escapulida conheceu a Carlos através de um site da internet. Se encontraram e ambos se separaram de seus respectivos casos e ainda estão juntos. Construiram uma bela casa e possuem tres cães que fazem de suas vidas uma completa alegria.


Ricardo era casado com Beatriz. Desde pequeno ele teve atração por meninos, mas não sabia se aquilo era apenas uma fase e guardou todo desejo para sempre dentro de si. Conformado casou-se e construiu uma familia. Após dois anos de casamento, encontrou-se com Guilherme, uma paixão antiga a qual o fez perder a cabeça e trair sua esposa. Após um ano de caso extraconjugal largou tudo e separou-se para ficar com Guilherme, mas após isso, Guilherme casou-se com Tatiana e nunca mais conversou com Ricardo. Hoje Ricardo mora em outro estado e vive livremente sua vida sexual e Guilherme esta separado.


Matheus não conseguia entender bem essa situação de ser gay e ser hétero. Gostava de meninos e a sociedade o obrigava a ficar com meninas. Seu padrasto não o ajudava e a escola não o aceitava. A religião o condenava e os amigos o zombavam. Matheus enforcou-se com apenas 14 anos.


"Quem um dia irá dizer que existe razão nas coisas feitas pelo coração, e quem irá dizer que não existe razão?" Renato Russo

domingo, 11 de outubro de 2009

-O Ônibus, o Tipo e os Cães no Cio-





O homem é o único animal com capacidade de raciocínio!


Certeza disso pude ter essa semana ao ficar de babá do cãozinho de um amigo meu, que possui um casal de Shitzus, e a fêmea estava no cio, e como o seu dono não quer que ela pegue cria e também não quer aplicar nela a famosa injeção para cortar o cio, dadas as complicações para a saúde da pequenina, preferiu deixar o machinho na casa de alguém que pudesse cuidar e ao mesmo tempo tivesse espaço.


Acabei ficando com essa incumbência, nada difícil. Para mim, além da companhia, o mais interessante foi ver a atitude do macho querendo a todo custo fecundar a fêmea. Ele ficava completamente transtornado próximo dela, tentando a todo custo cruzar de modo que não se importava em comer, apenas ficava correndo atrás da fêmea, sendo necessária a separação para que não tivesse outros problemas.


Não sei se estava maluco ou não, acabei fazendo um comparativo com a situação do cãozinho. Estava eu no ônibus indo em direção ao trabalho e comecei a analisar os homens que entravam e desciam. Silenciosamente media a todos, e me questionava internamente: Será que eu dormiria com esse? Também afirmava silenciosamente: Com esse eu dormiria! Com esse eu não teria coragem! Com esse... Com esse...


Percebi que todos temos um tipo definido de homem que nos atrai. Alguns gostam de altos e magros, outros de baixos e gordos, e tantas opções que me faltariam adjetivos. Porém eu possuo meu tipo de homem ideal, mas isso não quer dizer que não iria abrir minhas exceções, principalmente quando eu percebo que as vezes estou mais afim de sexo do que de um relacionamento. Vejo brotar um desejo que mais tem a ver com amor carnal do que qualquer outra coisa.


Quando percebo que estou medindo todos os homens na rua, no ônibus, na fila do mercado, me assusto, pois estou como o shitzu macho de meu amigo que precisa realizar seu instinto de alguma maneira. Será que não estamos anulando nossos instintos em nome de certos procedimentos aceitos pela sociedade moderna? Digo isso pois em algumas sociedades é aceito o homem ter várias esposas, mas aqui por exemplo, não seria respeitoso. O instinto de caçador nos faz trair pelo simples fato de coabitarmos? Seria uma desculpa para os que traem? Mas também o que diríamos a todos os que com domínio próprio mantem-se fiéis em relações que constroem dia a dia? Realmente somos seres misteriosos...

domingo, 27 de setembro de 2009

Minha Indignação!




Sempre venho à Revista Lado A expondo um pouco do meu dia a dia nos relacionamentos e questionamentos internos e procuro sempre levar à verdade da maneira mais limpa possível.


Mas esse fim de semana passei, juntamente com outros cinco amigos por uma situação que não poderia deixar em branco. Estavamos em uma lanchonete vinte e quatro horas muito conhecida e muito frequentada por gays daqui de Balneário Camboriu, conversando e brincando à respeito da balada que acabávamos de visitar. Em alguns momentos dois de nossos amigos que namoravam trocavam carícias e leves beijos no rosto e selinhos. Estavamos sentados em uma mesa localizada na calçada, ao lado das portas do empreeendimento, com um homem manobrista de carros nos vigiando. Certa feita um homem, que depois se apresentou como dono da lanchonete, se colocou atrás de nós como que nos observando.


Num dado momento um dos meninos atirou um guardanapo usado e amassado no outro por brincadeira e foi retribuido com o mesmo guardanapo. Nessa feita o homem veio até a mesa e de uma maneira grosseira mandou um dos garçons retirar os pratos e dizia que ali não era a casa de ninguém dos que estavam ali e que iriamos parar de fazer "putaria" (exatamente essa palavra)ali em seu estabelecimento, retirando os copos quase que quebrando-os uns nos outros!


Pedimos a conta de imediato, mas percebemos que aquilo era um tipico caso de homofobia e retrucamos e o senhor apenas zombava de nós como se não se importasse com o que diziamos.

Saímos do estabelecimento completamente arrasados e indignados, pois sabemos que a comunidade gay de Balneário e região são um dos maiores clientes que aquele comerciante atende mas, não respeita-nos como seres humanos e muito menos teme que seu ato seja de alguma maneira repreendido.

A minha indignação maior é que em momento algum ele nos chamou de qualquer que seja nome depreciativo a nós gays, o que iria auxiliar em algum processo, apenas nos observou e esperou que fizéssemos qualquer coisa que ele julgasse errada (jogar bolinha de papel um no outro) para nos escorraçar do local.

Fizemos de tudo para não cairmos no ridículo de brigar ou fazer qualquer tipo de barraco, pois acreditamos na justiça e sabemos da mobilização do orgulho gay, a qual lutamos de verdade e sabemos que um negócio assim não deve prosperar a não ser que mudem seus conceitos conosco!


Desculpe aos nossos leitores, mas precisava desabafar de maneira a proteger nosso maior direito: o de sermos quem somos e não temermos ninguém ao demonstrar o que sentimos uns pelos outros.


O caso será levado adiante e em breve teremos novidades!

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

O Preço do Prazer!





Essa semana estive pensando sobre algo que para muitos é visto como um tabu e para outros como uma oportunidade: o sexo pago!

Percebi que algumas vezes estamos mesmo é afim de um sexo sem compromisso, logo sem cobranças e todos os deveres que esperamos e buscamos em um relacionamento sério, apenas sentir prazer , e nada mais!



Mas gostaria de falar sobre pagar para sentir esse prazer. Não estou dizendo apenas de garotos de programa ou michês, estou falando também daqueles casos em que troca-se algo pelo prazer. Concordo (já generalizando) que todas as pessoas possuem seus interesses e alguns satisfazem seus desejos com aquilo que a vida lhes proporcionou.


Sendo mais específico ainda. Alguns possuem um corpo maravilhoso, uma juventude ou ainda algo que chame a atenção de outras pessoas que querem usufruir de toda essa, digamos "saúde", e possuam apenas atributos financeiros que possam satisfazer necessidades de outrem. Seria hipocrisia dizer que ambos não estão selando um acordo comercial, onde não apenas o dinheiro na cabeceira da cama ou um jantar e um presente caro são distribuidos, mas tambem satisfação de ambos.


Levando por esse lado não podemos julgar quem paga ou quem se "aluga", mas sim acreditar que as pessoas nesse relacionamento estão de acordo com seus papéis de provedor e beneficiário, e saber que o que vale a pena na vida é sermos felizes!!!






quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Pontes





Até onde ir para salvar um relacionamento?

Com os relacionamentos que tive aprendi que em cada um deles levantamos "pontes" para nos unirmos a uma outra pessoa, e algumas dessas pontes são frágeis e podem ruir a qualquer momento, enquanto outras são tão sólidas que suportam qualquer tempestade que possa vir contra elas.

Talvez com essa metáfora consigo analisar melhor os momentos vividos ao lado de uma pessoa, seja ela de um circulo de amigos, namorado, ou família. Com todas as pessoas construimos meios de contato para que o relacionamento flua.

Mas o que quero levantar é a questão oposta: será que vale a pena reconstruir essa ponte quando por algum evento ela tenha ruido?

Aprendi durante toda a minha vida a agradecer pelas coisas e pessoas que recebi, mas não aprendi a perder as coisas e as pessoas. Sofremos muito quando um ente querido vem a falecer, pois não temos certeza absoluta para onde ele partiu, apenas temos varias idéias que aprendemos a aceitar sobre sua partida. E é ai que vem a questão maior: a dúvida.

Não sabemos ao certo se será melhor ou pior sem aquele relacionamento. As vezes damos de ombros a pessoas que poderiam ter sido únicas em nossa vida, as vezes temos medo de partir para outra, pois não sabemos se sentiremos falta do que estamos deixando para trás. Sempre a dúvida. As pontes são levantadas e sempre acreditamos que elas são eternas, que mesmo num futuro muito distante, ainda estaria firme de pé. Mas a vida sempre é expert em nos contrariar, nos mostrando que aquela amizade que achávamos que duraria para sempre, acaba de um dia para o outro.

Agora voltando a pergunta inicial: Será que vale a pena reconstruir o que a vida de alguma maneira derrubou? Novamente a dúvida e por que não dizer que o futuro é como o desenhamos no presente e que aquele relacionamento acabou porque era a hora dele, e que se acabou, era pra ser uma etapa vencida. Se trouxe louros ou se trouxe perdas, isso não cabe a ninguém supor, cabe apenas a mim descobrir o que posso aprender com essa situação. Se reconstruir ou não essa ponte, ai é uma nova história...

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Ele é Bonito Demais... E agora?




E quando o menino é bonito demais?




Nunca imaginei que isso fosse problema, afinal de contas quem é que não quer ter um gato de primeira linha ao seu lado, com um corpo de dar inveja até a mais pura das amigas da boate? E ainda depois da boate vir o melhor? Levar essa beldade para cama e saber que ele é tudo que seus mais intimos desejos buscam e um pouco mais?


Pois é, isso pode ocasionar alguns probleminhas de percurso sim, afinal de contas nada nesse mundo é perfeito e muito menos para nós pobres mortais normais.


Já estou me acostumando a sair com caras lindos e perceber os comentários maldosos ao meu redor do tipo: "o que essa beesha feia e gorda esta fazendo com esse gato?" Não foi uma e nem duas vezes em que passo por isso.


O pior é a insegurança que ataca ao perceber que o gato ainda está na dúvida e prefere as vezes ficar amigo nosso para poder biscatear bastante durante o restante da noite, já que recebe muitos dos olhares dos presentes na boite.


É bom saber que existe uma diversidade e que existe todos os tipos de gostos e belezas. Tem os que gostam dos coroas, e os que gostam dos ninfetos. Os que gostam dos gordinhos e os que gostam dos sarados. Sempre há uma meia furada para um sapato velho e que não faz parte do meu legado ficar sozinho, mesmo que eu tenha passado por isso não uma e nem duas vezes, mas diversas. Acho que estou aprendendo a ser trocado e aceitar que se não me quis é porque não era para mim e tentar não ligar mais para isso. Isso espero.

domingo, 2 de agosto de 2009

Amigos e Família.





Todos conheçem aquele velho ditado pra lá de batido mas de uma verdade plenamente imbatível: Amigos são a família que temos a opção de escolher.

A grande realidade é que somos seres profundos e possuímos caráter e personalidades bastante complexas e diferentes entre si, com isso transparecemos defeitos e ocultamos qualidades com muita facilidade. Não é fácil convivermos uns com os outros. Com família é assim, vivemos próximos todos os dias e nos defrontamos com personalidades e caráter diferentes dos nossos e procuramos nos adequar de alguma maneira já que não temos escolha. Mas quando com amigos é diferente, temos a opção de escolha de acordo com nossos próprios parâmetros.

Com os gays não é diferente, também temos esses choques culturais e ambíguos no tocante a nossas amizades. Temos uma sensibilidade nata e procuramos sempre pessoas parecidas conosco para nos bem relacionar. Quando digo sempre, estou relatando as características mais latentes de nossa personalidade se comparada a das pessoas com quem nos envolvemos. Dificilmente teremos relacionamento profundo com pessoas avessas a essas características. Isso não é preconceito e sim seleção natural. Diga-me com quem andas e te direi quem és! Provérbio mais que verdadeiro ainda. Se encontramos alguém parecido conosco em alguns aspectos, pode ser que ali uma amizade nasça.
Infelizmente há ao nosso redor pessoas com pontos negativos que precisam ser explorados e analisados para que não nos machuquemos com amigos e companheiros desleais ou que de alguma forma possam nos prejudicar. Como num relacionamento conjugal há necessidade de tempo para se conhecer bem a pessoa, para saber os defeitos e as qualidades e a possibilidade de construção de um relacionamento de cumplicidade a ser contemplado


Podemos assistir os Big Brothers e As Fazendas da vida e percebermos como as pessoas se chocam constantemente umas com as outras com suas opiniões e com suas verdades para então poderem viver numa pequena sociedade aceitável a eles.

Ai percebemos que cada um de nós possui uma história de vida, alguns sairam de casa cedo, outros perderam os pais, ainda outros moram com os pais e outros ainda com tios, ou ainda parentes próximos. O conceito de família tem se transformado consideravelmente nos últimos tempos e temos visto nascer novas formações bem além do tradicional pai e mãe que estavamos acostumados nas últimas gerações famíliares. Em alguns casos, como particularmente o meu por exemplo, mora-se sozinho e elege-se os amigos mais próximos como a família atual, já que a família original mora longe. Um dos modelos mais vividos por nós gays nos grandes centros.

É uma grande aventura ter amigos! Desde o momento em que me assumi como gay tenho gozado de amizades verdadeiras com pessoas verdadeiras que conheci no dia a dia ou no trabalho e até nas baladas. Acredito que atraio isso para minha vida já que procuro ser verdadeiro e leal para com eles como bom escorpiano que sou. Mas não sou bobo de acreditar que tenho amigos aos montes ou que sou amado por todos que admiro, mas que os poucos que tenho são leais a mim e não importa se eu tenho dinheiro ou não, se sou bonito ou não, ou então se tenho o que falar, estão ao meu lado e posso contar com eles em todas as horas.

Esses amigos sim são a família que escolhemos, ou melhor, aqueles que a vida nos presenteou.




sexta-feira, 31 de julho de 2009

Disponível!!!


Quando estamos realmente disponíveis?

Essa semana estive meditando sobre estar pronto para um novo amor, e prestei atenção em duas variantes: várias vezes queremos um relacionamento e não estamos realmente disponíveis para isso e ainda outras vezes em que estamos disponíveis e não percebemos quando chega a oportunidade para se construir uma relação.


Estar disponível é um estado de espírito. É estar com a consciência tranquila de que não se deve nada a ninguém ao se relacionar com uma pessoa amorosamente, a não ser a si mesmo. Deixar para lá a listinha interminável dos contatos inúteis e estar aberto para um único contato especial. É estar preparado para novas aventuras e dispor de tempo e energia para voltar ao jogo da sedução diária, ou seja, a sedução que vai além do primeiro encontro e tornará possível os próximos encontros.


Estar atento para as oportunidades que a vida apresentar através de pessoas que nos farão bem. Não ficar aguardando a chegada de um príncipe encantado montado num cavalo branco como prêmio por ter esperado tanto tempo, mas sim uma pessoa ideal que seja o que precisamos e não necessariamente o que queremos.


Estar disponível também está relacionado a estar se preparando para o momento de encontrar essa pessoa ideal. É saber que para termos sexo casual não precisamos de muitos atributos pessoais, acredito que apenas tesão e oportunidade já são bons motivos para uma transa. Mas para termos um relacionamento precisamos ser admiráveis antes de mais nada, pois queremos amar aquela pessoa que admiramos da mesma maneira as outras pessoas conosco. Para isso devemos buscar aprimorar o que temos de melhor. Cuidarmos do corpo, cuidarmos de nossa cultura, trabalharmos bem e desenvolvermos características que nos façam bem em primeiro lugar, ai sim atraíremos a pessoa ideal que tanto buscamos.


É cuidar do jardim para que as borboletas venham e quem sabe ter a sorte de encontrar também nesse jardim o amor de nossa vida!


terça-feira, 28 de julho de 2009

Posso ter os dois?





Estive nessa última semana em um jantarzinho íntimo com alguns casais de amigos, e é claro, eu era o único solteiro da trupe, mas nem me importei muito no momento. Contei para um de meus amigos, o Victor sobre meus encontros com um rapaz de quem estava afim, e a decepção já que percebia ele estar apenas afim de fazer sexo comigo e nada mais.


_Você já tem quem te coma, não precisa de alguém que te ama!


Fiquei um pouco confuso com a mas logo percebi que existem esses dois tipos de relacionamentos que desenvolvemos em nossas vidas depois de adultos.


Penso que o homem pensa 101% do seu tempo em sexo e em fazer sexo, e em como será o sexo. Posso estar sendo um pouco exagerado. Ele pensa também em se alimentar!

Então é natural que tenhamos vários casos em nossa vida adulta. Como eu dizia alguns querem romance, vida a dois e outros apenas relacionamento sexual transitório e sem compromisso. Ai surge o problema no momento em que queremos a um e o outro ao mesmo tempo.

Ai então chegamos ao nirvana dos relacionamentos: o casamento!


Mas é tão complicado unir-mos isso em um só relacionamento. Somos bígamos por natureza e queremos um pouco de cada coisa e tudo ao mesmo tempo. Queremos carinho, mas queremos sexo selvagem. Queremos paixão e queremos amor! Sempre estamos nessa busca. Uma coisa ninguém pode dizer sobre nós, que somos desesperançosos. Sempre esperamos, sabemos que uma hora vai acontecer.


Que possamos estar preparados para quando esses dois nos encontrem, e estejamos preparados para uma relação monogâmica de verdade!

domingo, 12 de julho de 2009

Escolher o certo?





Quando a gente fala sobre escolhas, logo percebemos que nem sempre ter muitas opções é um bom sinal. Não sei se é o medo de escolher a opção errada que mais tortura ou então, ter de lutar para que a opção certa nos encontre depois...

Foi isso que passei em certa situação quando estava entre algumas possíveis opções de relacionamentos que tinham tudo (ou mesmo nada) para dar certo, e eu precisava escolher.

Havia conhecido Tiziano, um belo jovenzinho de apenas 19 anos através do novo namorado de Ricardo, João Pedro, também no auge dos seus 18 anos.

Claro que a diferença de idade pode em algum momento atrapalhar, mas o principal ponto que ainda nos atrapalha é a sua indecisão quanto sua sexualidade. Mas ainda assim ele continua sendo um belo espécime do sexo masculino, que muito me instiga.

Nesse mesmo período, conheci Renato, um engenheiro que atualmente mora no estado do Mato Grosso, mas que pretende voltar a Balneário Camboriu, pois é ali que moram seus pais e a cidade que ama, mas para isso pretende casar-se. Um dos atributos que mais me chamaram atenção nele além do fato dele ser lindo, simpático, batalhador e querer casar, foi ainda o fato dele me achar lindo. Pode ser mais perfeito? Não... Os dois possuem situações diferentes, mas também dificuldades para um relacionamento duradouro... Uma é a imaturidade e incerteza de Tiziano, em contraste com a distância e os cinco anos ainda que Renato ficaria no Mato Grosso.

Os dois seriam grandes pretendentes não fossem essas questões, mas eu precisava escolher.

Num sábado a noite, Ricardo resolve fazer um jantar em sua casa, e eu convido a Renato para conhecer meus amigos, mas principalmente para meus amigos conhecerem a ele. Porém, João Pedro havia convidado a Tiziano para jantar conosco. Estavamos João Pedro e Ricardo, e eu e Renato e Tiziano. Para não fazer feio me desdobrava ao servir a um e a outro um drink.

Sentava ao lado de Renato, mas não conseguia deixar de perceber que o olhar de Tiziano estava sempre em minha direção.

Quando percebi que não sabia o que fazer me propus a cozinha lavar a louça, e prontamente Tiziano se pos a ajudar-me na tarefa. Não sabia como podia me sentir atraido por um menino, já que nunca foram o meu alvo de admiração. Sou sincero em dizer que gosto de homem com cara de homem e jeito de homem. Nada de meninos, por mais bonito que sejam.

Enquanto Renato ficava na sala falando com meus amigos sobre assuntos que eu diria, irrelevantes (Madonna e Cher) Tiziano me ajudava na cozinha, quando lhe furtei um beijo. Ele afastou-se, mas não deixou de estar ao meu lado. Ali percebi que tinha de escolher por um dos dois, pois sabia que a felicidade depende de escolhas. Alguma posição teria de ser declarada, ou ao lado de um ou do outro.

Fiz minha escolha ali na hora mesmo. Deixei a Renato na sala com meus amigos e fui ao quarto conversar com Ricardo. Chegando a Tiziano logo em seguida. Conversamos e acabei esquecendo completamente a Ricardo na sala. Após algum tempo, Renato percebe que não estava afim dele e se despede de mim e volta para seua casa decepcionado. Dificilmente eu deixaria isso acontecer antes disso, mas como havia escolhido tinha de acatar o que pudesse ocorrer.

Aquela noite acabei ficando com Tiziano, pude perceber que a vida é mesmo feita de escolhas, algumas sábias e outras nem tanto. Posso ter errado na escolha, mas o mais importante era que eu deixava de ser um expectador na minha vida e estava fazendo algo para mudar algum ponto. Se eu permanecer no mesmo estado, nunca vou a lugar algum afinal de contas se eu fizer as coisas do mesmo jeito que tenho feito até então, continuarei a tendo os mesmos resultados que tenho tido até hoje. Então me resta torçer a ter tomado a decisão certa...





domingo, 7 de junho de 2009

Quando o ter e o não ter são o problema...




O que procuramos em um relacionamento?


Certamente poderiamos fazer uma lista com todas as respostas para essa questão, inclusive algumas necessidades naturais que possuimos e que com um parceiro acabam sendo satisfeitas, e uma delas a que todos buscamos é a necessidade de segurança.



E a maneira mais comum de segurança é a que se refere à segurança financeira.



Certa feita uma enquete em nosso site confirmou com todas as letras que o melhor partido para alguns gays é aquele bem financeiramente. Isso digo de uma enquete em que os internautas opinavam entre muitos outros itens, dando entender que o que mais importa em um parceiro ideal seria sua liberdade financeira.


Devido o fato dos gays em sua maioria não buscarem constituir família da maneira como a conhecemos tradicionalmente (pais e filhos) acabam trabalhando muito e utilizando seu dinheiro para si muito mais fortemente que alguns héteros, são os novos solteiros de sucesso. Esse mercado cor de rosa de consumo é cobiçado cada vez mais pelas empresas que conseguiram visualizar esse fenômeno.


Mas em matéria de relacionamentos, esses solteiros passam também por um pequeno problema que vem se tornando mais comum: relações de interesse. Não é mais tão dificil ver casos e mais casos de gays que descaradamente e sem nenhum pudor falam que buscam alguém apenas pelo dinheiro ou posição que a pessoa possua, se submetendo a qualquer coisa para obter a tão sonhada segurança que almeja.


Na contra-mão de tudo isso, estão aqueles que não possuem todo o glamour e sofisticação dos novos gays poderosos de nossa sociedade e acabam também sofrendo discriminação e vivendo muitas vezes sozinho, por não encontrar um par ideal.


Como sempre me questiono: Onde estão os valores reais de nós gays? Onde estamos colocando nossa felicidade, em uma viagem à Paris ou em um relacionamento com alguém sincero e amoroso? Não estou aqui em hipótese alguma defendendo o voto de pobreza ou algo assim, mas sim o conquistar passo a passo e com o suor de seu trabalho seu dinheiro, sem utilizar-se de subterfúgios para alcançá-lo.


Sei muito bem o que é sair com alguém sem nenhum centavo no bolso e como isso é deprimente, mas sei tambem que dinheiro pode comprar sim muita coisa, mas amor isso ele não compra mesmo!






terça-feira, 26 de maio de 2009

Conflito de Gerações






Estamos vivendo uma fase histórica nunca antes presenciada e nem tão menos imaginada por nossos pais e antepassados. Uma fase em que os meios de comunicação estão ditando de maneira mais expressiva a forma de viver que propriamente os mais velhos e sábios antigamente ensinavam.
Estamos vendo diariamente um conflito de gerações nunca antes vivido, onde já se discute o casamento gay, ou então a adoção de crianças por casal gay. Mas ainda assim posso considerar que falta de cada um dessa nova geração um pouco mais de entendimento.
Vejo diariamente centenas de jovens gays se perdendo em futilidades e discussões que em nada irão acrescentar em suas vidas, estas ditadas pela comunicação em massa tão expressiva. É comum conhecer alguns (não estou generalizando) que não se preocupam e nem ao menos lutam pelos direitos que um dia irão querer gozar.
A minha geração viu atônita a morte de milhares de gays devido à exposição ao vírus da AIDS. Vi meus artistas favoritos sucumbirem a esse terrível inimigo que silenciosamente se disseminava nos anos oitenta. Hoje vejo que essa geração não tem mais medo do HIV. Transam constantemente sem proteção e dizem que ninguém mais morre de AIDS. Pode até ser que o tratamento seja eficaz, mas a pessoa contaminada torna-se escrava de medicamentos, os famosos coquetéis e precisa de um cuidado todo especial para sobreviver. Isso não procuram saber.
Ainda que hoje seja status o ser gay, em um mundo onde os gays já são tão bem vistos pela sociedade, que aceitou sua maneira de ser graças à geração passada que pagou um preço alto por isso. Mas e agora vemos sim uma geração de estereótipos afeminados afetados e muitas vezes descontrolados que acabam por transformarem a vida em uma constante parada gay. Andam falando alto pelas ruas, fazendo brincadeiras muitas vezes impróprias e ofendendo outras pessoas, o que em sociedade alguma deveria ser permitido.
Vou todo ano à Parada, que deve ser a nossa forma de luta anual através da mobilização geral, mas o que tenho visto ultimamente? Uma parte significativa das pessoas fazendo daquilo mais uma festa como outras tantas em seus calendários de programações através do ano.
Queremos nossos direitos, mas cadê a nossa luta?
Se queremos ser respeitados em nossa casa, em nosso trabalho, por nossa família, será que o seremos se ainda somos promíscuos? Há lugar para cidadania em um banheirão ou em um dark room? Se a cada noite trazemos um novo “amigo” para nosso apartamento, como queremos ser respeitados pelos nossos vizinhos?
É simples. Se queremos respeito, que vivamos respeitosamente!
Ouço diariamente por héteros que existem pelo nosso mundo afora gays e gays. Aqueles que trabalham, que fazem parte da parcela significativa da sociedade que produzem e os gays que estão por ai, brincando de serem diferentes.
Que a nossa diferença não esteja apenas nas roupas ou na maneira de falar ou ainda no modo alegre de sermos, já que a própria palavra gay significa propriamente dita “rapaz alegre”, mas também o homem que conseguiu enfrentar seus maiores medos e se aceitou como alguém não apenas diferente, mas sim especial.

domingo, 24 de maio de 2009

Sozinho e Muito Bem Acompanhado!





Mais uma tarde de magia e diversão em um parque de diversões com os amigos. Não existe programa mais divertido para elevar nossa auto estima, nossos níveis de cerotonina no corpo, nossa adrenalina e é bom até para a pele.

Como fomos eu, meu amigo Ricardo e seu namorado Augusto, percebi uma situação engraçada pela qual passei em quase todos os brinquedos. Quase todos os brinquedos permitem apenas números pares de pessoas em seus vagões, bancos e cabines. E sempre que iamos, os dois iam juntos em um vagão ou no banco e eu ia junto, mas sempre um lugar ficava vago e forçando a um dos organizadores a arranjarem uma pessoa para me acompanhar, e lá ia gritando: Tem alguém sozinho? E no meio de toda a multidão que aguardavam sua vez para entrar nos brinquedos, eram pouquíssimos que estavam ali sozinhos.

Acabava me divertindo, pois percebi que se vou a um restaurante eles irão me dar um lugar em uma mesa em um canto pois as mesas geralmente são para casais. Sou o único em meu trabalho solteiro. Sempre tenho algum amigo casado que fica com pena de mim e me chama para jantar ou almoçar para não me deixar sozinho. Quando vou a alguma festa de casais, aproveito a comida e a bebida apenas.

Mas não quero escrever isso como uma tristeza ou então uma tragédia.

Estou bem obrigado! O mundo se abre em milhares de oportunidades e sei que a minha está próxima. Posso estar sozinho, mas estou muito bem acompanhado. De mim mesmo para mim mesmo! Posso casar comigo mesmo e ser feliz, posso fazer do jeito que eu gosto e ninguém ficar me olhando. Não preciso dar satisfação dos meus passos a ninguém mais que não seja eu mesmo.

Será que preciso mesmo de alguém? Será que uma terceira pessoa não iria atrapalhar minha relação já existente comigo mesmo?

segunda-feira, 11 de maio de 2009

O Que Não Vou Ser Quando Eu Crescer?




Quem me dera ser como um automóvel, e ter vindo direto da fábrica com um manual de instruções com as respostas para essa indagação.

Nessas três décadas vividas apenas uma questão consegui responder sobre a minha existência, e me sinto orgulhoso por isso mesmo sabendo que muitos outros questionamentos ainda estão sem uma solução sensata. Hoje sei exatamente o que não quero!


Não quero ser enganado novamente por pessoas que usam apenas da inocência e inexperiência de outros para se autoafirmarem como homens, mesmo que sejam gays enrustidos;

Não quero jamais enganar a mim mesmo e as pessoas ao meu redor dizendo que posso amar uma mulher e ter relações com ela normalmente como marido e esposa;

Não quero mais ter medo de chorar na frente de outras pessoas pensando que apenas os fracos demonstram seus sentimentos;

Não quero mais me enganar, dizendo que não preciso de alguém ao meu lado para ser feliz. Preciso sim de uma pessoa que me entenda e que me ame. Mas ainda assim sei que não é essa pessoa que vai me fazer feliz plenamente.

Não quero mais ter medo de começar tudo de novo se necessário. De dar a volta por cima e de dizer que errei e que estou disposto a consertar tudo. Mesmo que isso ocorra mais de uma vez!

Não quero mais ter medo de dizer: Eu te amo! De abraçar um amigo, contar uma piada, ou ainda ser o motivo de piada. Por que não rirmos todos juntos das nossas mancadas?

Não quero mais dizer que me arrependo do tempo perdido por decisões mal refletidas. Apenas sei que acertei o caminho depois de andar por vias erradas.

Não vou mais maltratar meus olhos, e nem forçar meus ouvidos a ouvirem o que não vale a pena, como também vou cuidar melhor da minha alimentação e do meu corpo afinal de contas ele já está um pouco mais gasto que antes...

Não quero mais ser privado da liberdade de ser quem eu sou, de gostar do que eu gosto e de me afirmar da maneira como penso, livre e sobretudo corajoso frente ao futuro que se desenrola.


Apenas uma coisa ainda não sei e isso também não me apavora mais, pois mesmo sem saber ao certo o que quero do futuro, já sei exatamente o que não quero!

domingo, 10 de maio de 2009

Os gritos!





E quando a foto não corresponde exatamente à pessoa que se está conhecendo via internet?




Lembrei de que certa vez estava conhecendo um menino pela internet e o mesmo era simpático e muito bonito e parecia que tinhamos muito em comum, poderia ser um daqueles casos que o destino nos presenteia e que só poderíamos agradecer.


Estava eufórico com a novidade e para aprofundar ainda mais o futuro relacionamento, liguei para ele, e para minha surpresa, uma voz extremamente feminina atendeu o telefone. No início pensei que estava errado o número que ele havia me passado, depois imaginei que fosse sua irmã que havia atendido o telefone, mas não, era a rainha da feminilidade que havia atendido o telefone!


Não sou contra os afeminados e nem me preocupo com isso. Tenho amigos que são mais mulher que muitas meninas que conheço. Faço charminho as vezes e gosto de brincar dessa forma. Mas para um relacionamento prefiro um homem com voz máscula que me faça tremer ao seu lado.


Resolvi dar uma chance maior ao meu querido amigo destino e resolvi conhecer mais de perto o menino, para ver se conseguiria ficar com ele.


No primeiro momento a voz já não era mais impecilho pois conversavamos e riamos muito, ele havia me feito uma surpresa e viera a meu apartamento. Deixei rolar, e logo estavamos nos beijando e acariciando.


Num dado momento, enquanto estavamos iniciando o ato, ele começou a gritar e gemer tão alto, mas tão alto que começei a me assustar pensando que estava tendo algum problema. Fui com mais calma, mas ele continuava gritando, até que uma hora percebi que o destino realmente havia me pregado mais uma peça, e pedi a ele que encarecidamente fosse embora.

E dessa vez confirmei o que já sabia a muito tempo: se não deu liga uma vez, não adianta insistir! É triste mas é uma verdade que fica para sempre... hehehe






quinta-feira, 7 de maio de 2009

Meu Nome não é Johnny...





Não gosto de chamar ninguém pelo seu apelido!


Não é legal ter uma idéia préconcebida e com ela formar uma opinião, mas em relação aos apelidos que algumas pessoas carregam sobre si e chamam umas as outras, fico com um pé atrás, e ainda prefiro chamar as pessoas pelo seu próprio nome, me sentindo muitas vezes desconfortável tendo de conversar com alguém pelo seu apelido. Na internet tem até simulador de apelidos para quem queira um exclusivo!

Quase sempre os apelidos se referem a um defeito ou então uma característica da pessoa, que em alguns casos não é tão agradável assim e que pode levar uma pessoa a sentir-se menosprezada e ainda envergonhada.

Outros casos são menos prejudiciais a pessoa, como alguns casos de diminutivos ou ainda supressão do nome. Muitos amigos meus carinhosamente me chamam de "Fê" e isso não me desagrada, pelo contrário, mostra o nível de intimidade que tenho para com essas pessoas e o quanto sou queridos por elas.

Mas mesmo assim, fui criado com a mentalidade de que nome é para ser dito e lembrado, (somente em alguns casos prefiro que sejam suprimidos, apenas quando o são vergonhoso com seu dono).

Conheço ainda pessoas que só são conhecidas pelo seu apelido, e isso já faz parte de suas vidas de tal forma que nem pelo nome mais são reconhecidos.

Mas isso é uma característica forte aqui em nosso país, pois afinal de contas qual país tem como seu comandante supremo alguém mais conhecido pelo seu apelido do que pelo nome?


Ah... o link para o simulador de apelidos... Aliás meu apelido ficou "TRACKER"


terça-feira, 5 de maio de 2009

Escrevendo...

Um dos meus maiores desejos é o de escrever um livro. Dizem que um homem só é inteiro quando escreve um livro, tem um filho e planta uma árvore. Bom, uma árvore já plantei, um filho agora não quero e então me falta a ilustre tarefa de escrever um livro. Mas para publicar um livro precisa-se primeiramente uma historia que mereça ser escrita e cheguei a conclusão de que a melhor história que eu poderia escrever não seria nada mais, nada menos que a minha história.
Parece presunção da minha parte, e as vezes sinto que é um passo largo demais que não sei se vou conseguir dar, mas ao menos irei colocar as minhas idéias sobre os fatos da minha infância complicada, da minha adolescência perturbada e confusa, além do meu casamento frustrado e de minhas lutas por me aceitar como sou... GAY.
Acredito ter material mais que suficiente para escrever uma boa narrativa, mas eu temo ao colocar os fatos tais como ocorreram no papel. Sei que muitas pessoas não irão receber bem essa publicação, mas também sei que milhares de jovens e adolescentes como eu irão ser instruidos a não cairem nas armadilhas que pessoas de mau caráter e profissão de fé dúbia como eu cai e por longos dez anos me arrastei.
Espero conseguir escrever da melhor maneira possivel e que consiga publicar o texto, de maneira a alcançar mais e mais pessoas e consiga realizar um dos meus mais tenros sonhos de infância: ser um escritor!

terça-feira, 28 de abril de 2009

Fantasmas!!!





Inverno chegando, e um arrepio súbito toma minhas costas e me faz temer um fantasma que me assombrou no ano anterior: o de passar mais um inverno sozinho...


Nosso Eu pode ser dividido em três partes distintas: corpo, alma e espírito. Isso não é uma aula de física ou teologia! Com o corpo sentimos o mundo material; com a alma manifestamos nossa personalidade e com o espírito nos abrimos a um mundo que vai além do que podemos asseverar.


Sinto que sou uma pessoa sensível ao mundo espiritual, ao menos era na infância e no início da adolescência, quando ainda estava aberto as novidades da vida, e acabei tendo várias experiências com entidades e divindades espirituais, que me guiavam e me protegiam, não que deixaram de fazer isso, mas agora não as sinto mais tão próximas como antes.


Certa feita senti minha alma sendo levada para fora do meu corpo e voar por fora de minha casa onde seres místicos me aguardavam, sendo possível ver claramente a lua cheia e clara de uma noite de outono belíssima. Na manhã seguinte acordei dentro de meu guarda-roupas trancado pelo lado de fora...


Não me surpreendo mais com nada que me falam e nem espero que me creiam, se sei o que vi!

Mas um medo surpreendente me consome. Os fantasmas da solidão ainda me assombram.


Ter medo nos protege. Não vou ficar muito próximo ao parapeito de um prédio com o medo de cair do alto. Mas esse medo é aquele que me aprisiona e me vulnerabiliza.


Espero esse inverno eu ter a mesma coragem de quando tinha dez ou doze anos de enfrentar meu fantasma e dizer que não pode me ferir e nem mesmo me aprisionar. Espero que os seres místicos ainda me protejam, mesmo que eu não mais os veja.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Críticas, críticas, críticas...





Todos nós temos um dom em comum. A sutil arte de criticar!

Isso falo como entendido, pois sou o maior de todos os críticos que conheço.

Criticamos tudo. Ouvimos alguém falar e já estamos com a refutação sobre o assunto na ponta da lingua. Não importa se o que falou era verdade ou se serviria para análise, mas uma crítica certeira bem lançada contra o autor da idéia impõe respeito a quem quer seja.

Parece que hoje é errado aprender coisas novas. Esqueçe-se que um espírito humilde e aberto para novos conhecimentos está tão fora de moda quanto calças boca de sino.

O Brasil possui mais de cento e cinquenta milhões de técnicos de futebol, mas apenas um que tem a coragem de assumir tal responsabilidade, que dá a cara a tapa e como é criticado...

A arte tem milhares de nuances e milhões de criticos para cada uma delas. Será que não há uma maneira de viver a arte e suas ramificações sem que sejam ridicularizados aquelas que não conhecemos ou aprovamos?

Espero que minha crítica seja construtiva (aliás, a mais frequente forma de critica que possuimos, onde criticamos abertamente e somos ainda considerados bons samaritanos) e ainda, que possamos aprender com tudo isso.

Mas a pior de todas as críticas que recebemos é aquela visão que temos de nós mesmos. Sou mais capaz do que tenho me críticado. Não é um surto de pensamento positivo, ou fechar os olhos para meus defeitos, é aceitar o meu esforço sem me criticar demasiadamente. É criticar a crítica que tenho sobre mim e e meu modo de viver. Uma crítica pode matar uma pessoa mas um gesto de amor pode reacender qualquer espírito.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Homens Descartáveis!





"Eu te juro amor eterno..."


Fazer esse tipo de jura de amor é lindo quando se está apaixonado, ou quando se está amando de todas as milhares de maneiras que existem para se amar, mas quando se está em um quarto sozinho refletindo sobre o que é amar eternamente e todas as implicações a que isso leva, então percebe-se que não amamos o suficiente para isso. Pior ainda, amamos muito menos.


Conclusão essa que cheguei ao verificar a quantidade de pessoas que os jovens beijam em uma balada e nem lembram mais seus rostos nos próximos dias. Ainda, quando transar é mais que uma obrigação a um encontro, mesmo que esqueçamos que a palavra transar derive de uma transação comercial... E ninguém está se referindo a prostituição aqui!


Não quero criar polêmicas, mas quero apenas levar a meditação: Será que os homens têm se tornado uns aos outros descartáveis?


Algo descartável é para ser usado uma única vez e jogado fora já que não será reaproveitado. Quantas vezes uns usam aos outros para satisfazerem seus desejos e depois os ignoram e os descartam? Várias seriam as desculpas para justificar essa atitude, mas a grande verdade é que estamos cada vez mais seletistas e com a comunicação global ainda mais indecisos com as milhares de opções. O mundo se tornou um Menu onde você pode abrir e pedir de acordo com sua fome. E isso não é ruim.


Como nós gays estamos acostumados com nossas atitudes, a quebrar paradigmas que a sociedade, a religião e a família nos impõe, acabamos as vezes por derrubar junto a eles os valores que também deveríamos lutar por possuir. Um deles eu chamaria de respeito. Respeito um pelo outro e o mais importante, por si mesmo!


Foi embora os tempos em que a ingenuidade nos fazia crer no amor eterno e nas doces palavras ditas à luz do luar...

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Não sou a Madre Teresa de Calcutá...






Fazer caridade não combina muito com minha personalidade. Não que eu seja um anticristão ou então um maldoso seguidor de Hitler, apenas sei que fazer caridade deve ser praticadas por pessoas que possuem, digamos, um dom para isso.


Numa sexta a noite o destino meu e de meus amigos era o de sempre: balada! E como estava sozinho, e isso já a algumas semanas, começei a analisar criteriosamente os presentes ao evento.


Mas como sempre ocorre, um amigo de um amigo meu queria me apresentar alguém, e esse alguém nada mais era do que um rapaz que em nada combinava comigo e em nada me atraia.


Mas então você olha para o lado e vê que você é a única pessoa que ainda permanece sozinha naquela noite de ferveção total. Passa pela cabeça coisas como: O que é que eu vim fazer nesse lugar? Onde será que o gato que eu desprezei outra noite se escondeu? Ou então, aceitar a missão em prol da paz mundial e de quem sabe um sapo que venha a se tornar um principe em um cavalo branco ficando com o guri para ver no que dá!


Como eu suspeitava, deu merda!


O guri beijava muito mal, um misto de beijo cachorrinho (lambido) com beijo melado que ne sufocava, mas ainda sim podia estar dispensando o homem dos meus sonhos, pois ainda podia ele aprender a beijar para me agradar.


Ledo engano! Começou beijando mal, terminou a noite beijando mal!


Dei um jeito de despistar o atraso de minha noite e procurei meus amigos para ir pra casa e nada. Todos já haviam ido embora e apenas eu havia ficado, sem conseguir me comunicar com eles.


Como em um filme de hollywood, sai procurando um taxi, ligando para todos taxistas que conhecia e nada. Fui embora caminhando. Para completar, uma chuva torrencial caiu sobre mim e meu desalento. Depois de praguejar, chorar e lamuriar muito a sorte que havia apenas se escondido, novamente sorriu para mim, e na altura de um túnel uma mão amiga me ofereceu um guarda-chuvas e um pouco de carinho para esse corpo gelado...


Digamos, nada mais justo pela bondade praticada anteriormente. Mas ainda assim, se o beijo não fechar, não vou mais enrolar.... hehehe

domingo, 12 de abril de 2009

Perseguição!




Mais um dia de trabalho concluido e nada mais justo para Timóteo do que seguir em direção à sua casa e desfrutar de mais uma noite de descanso em frente a TV assistindo a um episódio da novela das oito e comer alguma coisa feita por ele próprio apenas com a pretensão de forrar o estômago, já que não esperava visitas para aquela noite. Na realidade nem naquela e nem nas muitas outras que se passariam naquele mês de Agosto.
A noite cai mais cedo, prova de que o horário de verão se findara e o inverno estava se fortalecendo a cada dia que se passava. Apenas uma impressão estava mais latente para Timóteo: A impressão de ser seguido!
A alguns passos atrás dos seus, um homem usando um chapéu e um cachecol enrolado no pescoço, cabisbaixo, o seguia. Deveria apenas estar indo na mesma direção, já que seu apartamento fica em um bairro bastante movimentado, habitado principalmente por pessoas que trabalham no comércio de sua cidade.
Acreditava que ao atravessar uma esquina e dirigir-se para o outro lado já seria o suficiente para distanciar-se do estranho que o seguia. Porém, o mesmo caminho era o escolhido pelo estranho, que apenas detém-se por um instante para acender um cigarro e em seguida continua seu percurso na mesma direção de Timóteo.
_Esta apenas indo na mesma direção que eu! Pensa o confuso Timóteo.
O caminho é longo, e sempre a mesma distância os separa. Timóteo e sua cada vez maior pressa de chegar em casa para fugir dos olhares furtivos do estranho que o segue, e o estranho que o segue na mesma direção como se não tivesse outro caminho a ser perseguido para ele naquele momento.
_Será um maníaco assassino? Será um estuprador? Será um ladrão e assassino? Mas por quê eu? Existem tantos outros que andam pelas noites após tardes exaustivas de trabalho. Dinheiro? Não tenho! Beleza? É ruim! Bens materiais? Nem um carro tenho, o que é que essa pessoa quer de mim?
Timóteo percebe que não há outra alternativa a não ser enfrentar seu medo e interrogar o transeunte. Mesmo que isso o coloque em posição delicada, ou então forçe o instinto assassino do mesmo que ao ser confrontado não tenha outra opção a não ser matá-lo.
Ao olhar para trás, o desconhecido atira seu olhar em direção aos olhos de Timóteo, que mais se apavora, já que ele sabe do medo que o mesmo esta sentindo. Dizem que o cão só morde se perceber que sua presa esta com medo, e nada mais certo do que ele ser atacado devido seu medo, que agora está transparecendo por seus poros.
_SOCORRO! Quer gritar, mas não pode fazer escandalos e já está chegando em casa mesmo. O melhor a fazer é correr pelas ruas vazias e escuras até seu prédio e trancar-se em seu apartamento até que o perigo desapareça. Percebe então que está sozinho na frente de seu prédio. O medo parece que dá lugar a uma sensação de alívio.
Coloca então a chave na fechadura nas portas da portaria e uma mão lhe pressiona as costas...
_Timóteo?
O medo toma conta de Timóteo, pois além de apavorante o assassino o conhecia e havia se escondido até poder chegar bem de perto e o matar pelas costas com uma faca, um machado ou algo mais terrivelmente cortante para enfim ter uma morte horrenda!
_Timóteo, você não me ouviu lhe chamar? Sou eu seu vizinho Afonso do 401. Fiquei olhando para você para ver se você me reconhecia, mas parece que não. Estava próximo à sua empresa e acabei vindo após você por todo o caminho...





Ernesto e o Espelho




Olhando para o espelho, Ernesto vê sua face refletida nem mais e nem menos do que ela é, ainda que acredite piamente que aquele reflexo é o de sua face, mesmo que não a conheça de outra maneira a não ser por meio daquele pedaço de vidro espelhado.

O que vê são indagações e incertezas. Chegou até ali mas para onde mais vai conseguir ir?

Os traços no rosto refletem que o tempo foi passando impiedosamente e não tinha mais o reflexo de alguns anos atrás, conservava apenas detalhes únicos de sua fronte, herdados por seus ancestrais entre eles olhos azuis e uma boca carnuda que na adolescência lhe chateava devido a cor vermelha que contrastava com o branco pálido de seu rosto parecendo que constantemente usava batom, talvez o motivo por gostar de meninos no futuro. Talvez não!

Mas o tempo é cruel e isso não é regra. Com Ernesto foi sim maldoso, e a culpa foi sua. Alimentação errada, vida sedentária e constantes noitadas alucinantes ao som de músicas altas, com o gosto de cigarro e bebidas, nada muito forte, mas nada também fraco. Digamos uma vida bem vivida.

Eram essas festas que estavam em seus planos de sucesso ou foi apenas momentos de diversão enquanto se realizava o que pretendia? Digamos, para clarear as muitas idéias de um ser pensante e batalhador.

Cadê tuas idéias Ernesto? Cadê o homem que ia mudar o mundo com seus conceitos? Cadê esse homem que nasceu para ser diferente e acabou... igual a todo mundo?

Diante do espelho ninguém pode ocultar-se, não há como esconder e nem fantasiar. É o que é e pronto! Diante do espelho percebe-se o que todo mundo vê, o que todo mundo aceita como verdade absoluta.

Ernesto ainda analisa uma ruga próxima a seu olho e percebe alguns cravos e finalmente entende o que vê.
Ernesto, neste caminho onde foi que você se perdeu?

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Os 07 Pecados Capitais Gays na Hora da Caça!!!

texto do Sérgio Ripardo para a revista virtual A Capa... DIMAIS!!!

Por que ninguém fica comigo na boate, na sauna ou no cinemão? O que faço de errado para sair sempre faminta, de mãos abanando? Mesmo os deuses gregos se dão mal na batalha da paquera. Não adianta chorar o “leite não derramado”. Habitués nas arenas do sexo, consultados por Destaques GLS, elegem os 7 pecados capitais que mais atrapalham a hora da caça.

1- Insistência: evite abordagem agressiva ou inconveniente, aceite as negativas sem drama, tenha tato e sensibilidade para captar oportunidades de paquera. Não encare um “não” como rejeição a sua pessoa. Não arme barraco nem resmungue em dark room ou cabine. É uó. Não tente demarcar território, ocupando cabine ou reservado só por pirraça.

2- Descontrole: cuidado com o vexame dos excessos. Nada de enfiar o pé na jaca com bebidas e drogas. Gente esfuziante afugenta potenciais parceiros. Não corra de um lado para outro, tentando agarrar todas as necas, como se fosse um pega-pega na escola. Ninguém tolera putinhas no cio. Nada de assovios, gritos, urros e palmas. Sutileza!

3- Indiscrição: celular tocando em point de pegação é o fim da picada: “Oi, amor, tô aqui preso no trânsito. Chego já, já”. Isso brocha. No flerte, não encha a pessoa de perguntas. Não force ninguém a fazer parte de confraria. Estude, sozinho, o terreno, a espreita, como um felino. Silêncio! Evite os “sofás da Hebe” dos cinemões, onde uns se plantam para tricotar ou monitorar os outros. Queima filme!

4- Palhaçada: se rolar papo num ambiente de sexo, evite contar piadas, tirar sarro ou narrar transas como um locutor de futebol. Isso corta o barato. Não banque a estrela de “Sex and the City”. O lugar é só para sexo, e não tititis. Vá tagarelar com as amigas no café, no bar ou na padaria da esquina. Não piche portas nem paredes com seus fones, e-mails, tamanho do seu dote.

5- Sujeira: fique atento à higiene e aos riscos a sua aparência. Não se encoste em qualquer parede ou poltrona. Vá ao banheiro checar possíveis manchas na roupa ou cabelo. Nada pior do que sair da sauna ou do cinemão carregando coceira, chatos ou doenças sérias. Cuidado com locais onde rola a prática da “porca suja” (gíria de travesti para quem suja o pênis do ativo no anal sem camisinha, vulgo “passar cheque”, e depois faz um oral nele).

6- Acidentes: gente destrambelhada sofre para fisgar parceiro, pois é um alerta constante de risco. Até consegue chamar atenção, mas quem tem coragem de se aproximar de quem cai de escada, escorrega no banheiro, perde comandas, derruba copos e garrafas, derrama bebida na roupa, põe fogo em guardanapos ou entope privadas? Às vezes, não custa consultar o horóscopo do dia antes de sair de casa. Até na pegação é preciso ter um pouco de sorte.

7- Carência: não tire os pés do chão. Não se apaixone pelo primeiro que lhe oferecer atenção e sexo. Não não vire presa fácil para ambiciosos, michês ou bandidos. Devagar com o andor que a neca é de barro. Não vá logo contando seus segredos, entregando as chaves do seu coração (da casa, do carro...). É para desconfiar de tudo. No mundo de hoje, ninguém gosta de ninguém, até que se prove o contrário. Não precipite nas declarações piegas, nos planos para o futuro. E não corte os pulsos se descobrir que ele mentiu o nome, a idade, o local de nascimento e residência, a profissão. Se não rolar, não persiga a pessoa fora do local de pegação, não pegue no pé ao reencontrá-la no mesmo point no dia seguinte. No mundo gay muita gente está em constante estado de fantasia ou muito escaldada com as ciladas do ego, na incessante busca de um simples orgasmo. Mas não desanime. Esqueça o passado. Olhe para frente. Amanhã um outro aparece.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Outra Palavra: Procrastinação!




Dando sequência a uma série de palavras com as quais tenho me defrontado nos últimos dias, cheguei a uma estranha, mas que logo em seguida quis analisar mais tarde por não ter tanta importância assim ou ter outras coisas para fazer... Procrastinação!



É essa danada a responsável pela nossa constante mania de deixar tudo para depois, ou para amanhã ou ainda para semana que vem. Esse texto tenho deixado de escrever a algumas semanas, já que sempre vou deixando para depois e esse depois nunca chega (pelo menos até hoje!).



Deixar para depois é o mesmo que nunca estar preparado para realizar algo que já podia estar feito, mas também uma mania que nem sempre tem fundamento, que acaba por atrapalhar muitas tarefas simples e imprescendíveis.



O engraçado é que quase sempre faz-se uma coisa bem menos importante em questão, do que aquela que foi deixada para mais tarde, e o pior é quando o ócio (aquela vontade de ficar sem fazer nada) impera, ai mesmo que conseguir realizar aquele tarefa deixada para depois, praticamente se torna impossível.


Então prazos são descumpridos, pessoas desapontadas, oportunidades perdidas e ainda uma sobrecarga de tarefas, já que a que foi deixada para depois terá de ser feita mais cedo ou mais tarde.


Para fugir disso nada melhor do que uma DECISÃO! Decidir fazer o que tem de ser feito e pronto. Se a pessoa tem um temperamento mais agitado e explosivo é bem capaz que não sofra com isso, mas também é bem capaz de começar mil e uma coisas e não terminar nada. Ainda que faça aos poucos e devagar, ainda é melhor do que deixar de fazer o que tem de ser feito.


Decisão é um ato que impõe pratica e determinação. Se tenho deixado algo por fazer, decido-me ir e praticar o que precisa ser feito... Falar apenas não resolverá nada, irá apenas sinalizar onde está a falha que precisa ser corrigida!


Deixar para depois terminar esse texto não é mais uma opção, é a minha decisão de deixar a procrastinação para lá! Eita palavrinha complicada!



sexta-feira, 6 de março de 2009

A Palavra é: Frugalidade!



Muito fala-se em crise nos dias atuais, em mudanças de hábitos e atitudes para que possamos (sobre)viver bem em meio a um turbilhão de incertezas as quais temos recebido diariamente pela mídia cada vez mais sensacionalista... Mas como falar de recessão e crise para pessoas tão acostumadas com glamour e luxos cada vez mais inapropriados?

Ser frugal segundo o nosso querido Aurélio (dicionário ok?...) é viver de maneira simples e sem luxos desnecessários. Também não quero dar um puxão de orelhas às minhas amigas monas que amam suas futilidades do dia a dia, mas uma coisa é verdadeira: Não vivemos de superfluos!


O que é ser fútil? Fútil na minha opinião é ser vazio por dentro e necessitar de uma camisa de marca para preencher esse vazio. É passar o mês apertado para poder pagar aquela calça Armani ou DG que tanto faz na hora da escolha entre outras peças. É estar no vermelho, durinho durinho, e ainda sair para jantar no restaurante chiquérrimo que tem uma linguiça por quarenta e cinco reais (esse é valor real).

Ser fútil como li certa feita é gastar um dinheiro que não se tem para agradar a quem não se gosta, demonstrando-se ser quem não é! E acho que devido a imaturidade muitas vezes demonstrada por uns e outros acabamos, mesmo sem querer assimilando alguns comportamentos fúteis e desnecessários que em nada irão acrescentar para nossas vidas.



Acredito que essa é uma época singular para aprendizagem de todos nós para sabermos adquirir o que realmente é necessário e não gastar nosso suado dinheirinho em qualquer coisa sem real importância. Aprender a dar valor às coisas simples da vida, como um passeio no fim de tarde com um amigo, um beijo da pessoa amada e uma tarde divertida entre amigos assistindo a um filme na TV é essencial.
As coisas simples da vida merecem ser vistas por nós com um carinho todo especial, pois acredito que são essas coisas que dão um valor à mais a nossa existência e serão elas que guardaremos como um tesouro para sempre.

domingo, 1 de março de 2009

Tá difícil?





Em que ponto de minha vida começei a achar que certas coisas são difíceis e por isso não deveria nem ao menos tentar para ver se conseguiria atingir? Qual foi o meu fator limitador?


As vezes penso na falta que me faz um analista vinte e quatro horas por dia para me aturar, mas ai lembro que tenho amigos e isso já é o bastante para meus momentos de ajuda...


Num desses momentos estavamos em uma pizzaria (lugar bem apropriado para conversar sobre fatores limitadores...) com meus amigos Ricardo, Paulo e seu namorado maravilhoso Victor. Maravilhoso o chamo pois é uma dessas pessoas que nos encantam já na primeira conversa. Conversavamos sobre esses assuntos e como ele é parapsicólogo possue uma visão que me auxilia muito na reflexão sobre a maneir como vejo a vida.


Sempre achei que as coisas são dificeis demais e que se são dificeis não devo nem tentar consegui-las pois iria me decepcionar e consequente a isso iria sofrer. O que vinha me acontecendo a algum tempo era um sentimento de frustração presente devido não ter conseguido certas coisas que desde a infância almejava. E descobri nessa simples conversa que a culpa era toda minha! Mas é claro que não vou apenas me culpar e sofrer com isso.


Sempre coloquei a maior dificuldade para conseguir qualquer objetivo. Acabava que a empolgação com que começava qualquer empreitada simplesmente desaparecia na primeira oportunidade em que a minha posição de que seria difícil entrava em ação. Estava sempre certo! Seria realmente difícil demais e por isso eu não possuia certas coisas e não estava fazendo o que queria.


Simplesmente a frustração se alojou em minha vida.


Mas uma coisa eu tenho aprendido: não sou vítima do destino e nem serei vítima do passado por mais penoso que ele tenha sido comigo, mais injusto que ele tenha se me apresentado. Posso lutar e mudar a forma de ver as coisas. Talvez seja a parte mais difícil (olha o fator limitante aparecendo ai de novo) mas desde já se torna a mais fácil, afinal de contas é fácil ser feliz e eu posso sim ser feliz cada dia de minha vida!!!

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Derrubando as Pontes!





Em conversa essa semana que passou com meu psicólogo... tudo bem, assumo que estou fazendo análise e tem me feito muito bem... falamos sobre o passado e o presente e como eles se repetem nos relacionamentos em consequência dos meus traumas infantis. É claro que não vou passar meu tempo relatando ou tentando explicar, mas fiquei pensativo em relação a um ponto, ou melhor uma ponte!


Pontes são meios pelos quais há ligação entre duas extremidades onde há uma obstrução natural. Momento Aurélio do dia! E são essas pontes que nos ligam umas as outras pessoas. Percebi que algumas pontes devem ser mantidas e restauradas constantemente, com meus familiares e amigos. Até com meus colegas de trabalho e clientes. São pontes importantes que me ligam as outras pessoas.


Porém descobri pontes em minha vida que estão por si só ruindo, e que precisam de uma ajudinha para serem derrubadas, mas percebi que essas são as piores para mim.


Em relação a meus relacionamentos fracassados, possuo ao menos dois que ainda quero salvar, mesmo que não haja a minima possibilidade de darem certo. Internamente luto com unhas e dentes para restaurar essas pontes para que possa novamente estar ligado a essas pessoas.


Infelizmente não me dou conta que pontes que estão a ruir não tem solução melhor do que serem derrubadas para depois serem construidas novamente. E assim vejo esses relacionamentos, eles me prendem ao passado de maneira a impedir que um novo amor chegue e assuma o lugar que ainda é deles.


Assumir que essas pontes devem ser derrubadas é o primeiro passo para fazê-lo!

Derrubar essas pontes e seguir adiante é o início de uma nova caminhada, cheia de surpresas e novos caminhos com novas pontes a construir!


E em minha imaginação me vejo como menino que em meio a um bosque atravessa um tronco sobre um riacho e antes de seguir adiante, derruba o tronco no rio com a certeza em mente de que jamais voltará por aquele mesmo caminho, jamais voltará atrás!

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

I'm Singing In The Rain





Estou em um relcionamento a 29 anos comigo mesmo e não vou deixar mais que a falta ou a existência de um segundo relacionamento com qualquer outra pessoa venha a atrapalhar a minha completa e desinibida paixão que devo ter por mim!

Não vou mais deixar de falar o que penso com medo de magoar quem quer que seja; com medo de que não me entenda ou pior, que me entenda e use isso contra mim mesmo. Se deixar de falar estarei consentindo com pensamentos e palavras algumas vezes injustas e irresponsáveis com meu bem estar!

Não vou mais viver à espera de alguém para ser feliz. Vou ser feliz agora e vou viver tudo que tenho direito hoje, pois o passado não existe mais e o amanhã pode nem chegar. Engraçado, a única certeza absoluta da vida é a morte... Irônico não?

Nem sei qual a razão por dizer essas coisas, mas senti que cada manhã que chega é uma noite que se vai e oportunidades de ser feliz que passaram...

Não é viver com medo ou apavorado com o futuro, nem sair ansioso com os acontecimentos, é a paz de saber que por mais que eu queira, não consigo ser culpado por todos os erros cometidos e nem acusar a outrem por quaisquer que sejam. É saber que estou na chuva sim pra me molhar e se depender de mim ainda vou cantando: "I'm singing in the rain"...
Ao menos é isso que pretendo...

domingo, 22 de fevereiro de 2009

Deus e eu!







Devaneios são a melhor maneira de criar que conheço!



Estava meditando sobre algo básico: Deus.


Ele existe? Ele está dentro de nós? Quem criou o universo? De onde vem essa fé!


Não poderia deixar de refletir sobre algo tão importante, pois acredito na pureza das coisas e nas certezas que possuimos ou naquelas que nos possuem. E acreditar em Deus ou não acreditar, vai ditar muito em nossa caminhada rumo ao desenvolvimento pessoal.




As vezes penso que se eu acredito nEle(isso o digo em letra maíuscula) e Ele não existir, estarei sendo um tolo perdendo meu tempo e colocando a minha energia de fé em algo abstrato e inútil; porém ao mesmo tempo, se Ele existe e eu não acredito, estarei perdendo as benevolências que poderia receber com sua crença. Para isso é preciso se posicionar em um lado.




"Não podeis servir a dois senhores, há de amar a um e odiar ao outro..."




Usei da própria Bíblia para me focar em algo real e muito difundido em nosso tempo: o sincretismo religioso. Acreditar em tudo em todos e em toda manifestação de fé. Isso é verdade ou é uma maneira de se apoiar em várias muletas ao mesmo tempo com medo de que alguma delas se quebre?





Nunca fui muito de esconder minha opinião sobre qualquer assunto, porém nesse ponto tenho um certo temor. Não quero confundir com medo, tenho temor ou respeito por todas as formas de fé, desde que seja legítimas e coerentes com a forma de viver de cada indivíduo. Desde que cumpram com algum propósito sincero de coração, porque se não for assim nada mais considero do que simples fanatismo.


Sou sincero de coração! As vezes acredito em Deus e as vezes duvido de sua existência. Se é possível isso, mas acredito que se Ele exista, acho que não da maneira como fui ensinado a crer, já que me levava a um senso preconceituoso e imaturo, mas como uma energia pura que permeia o universo e conforme acreditamos, com nomes e tomando formas diferentes. Dessa maneira consigo aceitar a diferença que as religiões me impõem, não as julgando pelo meu modo de crer!


A meu ver e conforme o que tenho buscado o certo é que Ele pode existir, mas ainda é minha a responsabilidade de viver bem ou viver abaixo do esperado. Então, se sim ou não, ainda vou buscar o melhor pra mim, sem me importar com o que vem depois, e isso deixo para uma outra hora analisar...





quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Pessoas Especiais!





Quase todos nós solteiros queremos encontrar uma pessoa especial e como isso não ocorre tão facilmente assim, ficamos reclamando de que essa pessoa não existe ou se existe, já está casada, gerando uma certa insatisfação com nossa vida sentimental. Mas uma verdade me veio a cabeça: quantos de nós somos essas pessoas especiais a quem quase todos procuram?

Acredito na força do universo e nas energias que os corpos emanam, e isso faz-me refletir sobre a maneira como temos cuidado de nosso próprio ser. Podemos analisar que geralmente a maneira como estamos nos sentindo acaba por atrair pessoas parecidas conosco e/ou com a mesma energia que emanamos no momento. Podemos perceber que se estamos maus, possivelmente aquela pessoa de mau com a vida vai nos procurar e se estamos bem iremos nos posicionar com outras pessoas...

Agora pensando dessa forma fica mais simples imaginar que energia viemos emanando, e com certeza as pessoas que estamos atraindo. Claro que não estou ignorando que pessoas são pessoas e que (graças a Deus) podem ser mudadas, e que ainda situações podem ser responsáveis pelos sentimentos que temos, mas não podemos nos aceitar como vítimas dos acontecimentos.

Se quero uma pessoa especial, simplesmente tenho de ser essa pessoa especial para atrair consequentemente alguém igual a mim. Será que quando quero um homem culto e inteligente, tenho ao menos lido um livro por mês para que quando ele quiser conversar comigo eu tenha um assunto que o possa encantar? Ou ainda, se quero aquele homem malhado e gostoso, tenho me preparado na academia para que quando ele olhar para meu corpo possa se orgulhar?

Será que tenho procurado me conhecer o suficiente para saber do que gosto e do que não gosto para que quando a oportunidade bater à minha porta possa identificar se a sorte está me presenteando ou se apenas o mundo com suas milhares de opções para me deixar confuso?

Da mesma maneira como eu quero ser tratado, eu preciso me tratar e me preparar, não apenas para satisfazer a outrem, mas sobretudo para ser a pessoa especial que sou para mim mesmo.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Dualidade - O feminino inserido no masculino, ou seria o contrário?




Encontramos mil desculpas quando o negócio é justificar uma requebrada a mais na cintura ou então um dedinho mínino que insiste em se destacar ao pegar uma xícara ou copo, mas o que podemos ter certeza mesmo é que somos seres muito enigmáticos.


Todos nós gays temos uma sensibilidade natural bem pouco vista em outros homens héteros e nos destacamos em áreas de atuação também exclusivas (antigamente) às mulheres. Alguns artigos científicos já confirmaram a igualdade de algumas áreas de nossos cérebros com os delas, talvez explique o porquê de tamanha identificação com o sexo oposto, como seus grandes amigos e confidentes. Quantos possuem muito mais amigas mulheres que amigos héteros? Mas ai vai também a identificação com o seu jeito de ser e ainda um pouco de preconceito hétero, mas não nos prendamos a isso.



Possuímos algo muito valioso que é a nossa parte masculina que imprime nossa força, nossa racionalidade diante de fatos e nossa mente perspicaz as quais agregadas ao lado feminino também apurado nos transformariam em seres digamos, completos. Invejem-nos héteros!


Pena que muitas vezes não conseguimos enxergar o quão somos agraciados com essa dualidade, com essa natureza tão especial. Nos diminuir pode ser a maneira como alguns setores da sociedade, principalmente na área profissional, tentam nos limitar como pessoas e nos subjulgar como competidores fracos que não merecem respeito.

Porém, somos nossos maiores inimigos pois temos de lutar contra o preconceito de dentro e de fora, em se tratando de nossas pequenas frescuras femininas, moldando-as para que não passemos vergonha na frente de outras pessoas. É normal chamar entre gays amigos barbados pelo feminino, mas na frente de outros preferimos manter um certo respeito.

Mas somente quando começamos a perceber o valor que temos como pessoas completas podemos igualmente nos vender pelo preço que o mundo deve nos pagar. E com certeza o mundo pagará esse preço, pois valemos cada centavo!