quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Show da Madonna - Pode!!!


"Giv it2 me" encerrava o show de estr'eia da diva em Sao Paulo no dia 18 de dezembro...



quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Clarisse

...não leia se tiver coração fraco pulsando em seu peito...
... Parece que mais uma vez as coisas fugiram do controle em minha vida.
Não estou aqui para me defender e nem mesmo justificar qualquer atitude tomada no meu dia a dia, mas sim quero expôr o que sente meu coração, mais uma vez vítima da sujeira que permeia essa sociedade a qual tanto tento me adaptar...
Mais um sonho destruído, mais uma possibilidade jogada por água abaixo e o que me resta?
Estou sentado ouvindo uma música insonsa que conta a estória/história de uma menina que sofria de dependência e depressão, e o que lhe restou? Clarisse é o nome dela, e o que o seu autor canta... Estou cansado de ser vilipendiado, incompreendido e descartado. Quem disse que me entende nunca quis saber...
Acho que as portas da loucura estão abertas e estou inerte em frente sua batente. A mim resta entrar e deixar que sua imcompetência me absorva ou fechar sua maçaneta e olhar para trás. O que nos resta? O que é a vida além de tudo isso?
Ser forte? Ser homem? Ser nada? Ser esquecido? Ser, ser, ser...
Não sou e nem sei se sou. Algo apenas mais que um risco diferente e existente.
Sem passado e nem futuro, apenas presente. Tão inconsequente.
Nunca fui e nem deixei de ser. Apenas ausente e doloroso sonho que nunca se fez existente.
E o que me resta a não ser um sonho que não se torna real e uma realidade que nunca foi escolhida e nem mesmo pensada.
Não escolhi esse lugar. Não escolhi essa cidade e nem escolhi essa doença.
Nunca me julguem por ter escolhido mal, pois a vida não me deixou muitas alternativas a não ser aquelas fáceis com consequências penosas.
Quando soco meu rosto sinto a dor que a angústia esconde dentro do peito desaflorar em forma de tontura e lágrimas que não secam sem antes expulsar do corpo o mal que tanto tenta me possuir a fazer da altura uma fuga e dos remédios uma esperança inevitável.
Sentir o sangue na boca é como possuir o poder de absorver a morte...

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Textos emprestados de um amigo... hilários





Crônica de uma mulher bem resolvida...


Dar não é fazer amor.

Dar é dar. Fazer amor é lindo, é sublime, é encantador, é esplêndido.

Mas dar é bom pra cacete.

Dar é aquela coisa que alguém te puxa os cabelos da nuca....

Te chama de nomes que eu não escreveria...

Não te vira com delicadeza...

Não sente vergonha de ritmos animais.

Dar é bom. Melhor do que dar, só dar por dar.

Dar sem querer casar....

Sem querer apresentar pra mãe...

Sem querer dar o primeiro abraço no Ano Novo.

Dar porque o cara te esquenta a coluna vertebral...

Te amolece o gingado... Te molha o instinto.

Dar porque a vida de uma publicitária em começo de carreira é estressante e dar relaxa.

Dar porque se você não der para ele hoje, vai dar amanhã, ou depois de amanhã.

Tem caras que você vai acabar dando, não tem jeito.

Dar sem esperar ouvir promessas, sem esperar ouvir carinhos, sem esperar ouvir futuro.

Dar é bom, na hora. Durante um mês. Para as mais desavisadas, talvez anos.

Mas dar é dar demais e ficar vazia.

Dar é não ganhar.

É não ganhar um eu te amo baixinho perdido no meio do escuro.

É não ganhar uma mão no ombro quando o caos da cidade parece querer te abduzir.

É não ter alguém pra querer casar, para apresentar pra mãe, pra dar primeiro abraço de Ano Novo e pra falar: "Que cê acha amor?".

Dar é inevitável, dê mesmo, dê sempre, dê muito.

Mas dê mais ainda, muito mais do que qualquer coisa, uma chance ao amor.

Esse sim é o maior tesão.

Esse sim relaxa, cura o mau humor, ameniza todas as crises e faz você flutuar o suficiente pra nem perceber as catarradas na rua.

Se você for chata, suas amigas perdoam.

Se você for brava, as suas amigas perdoam..

Até se você for magra, as suas amigas perdoam.

Experimente ser amada, duvido que te perdoem..

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Segura Insegurança...





Porque será que quando as coisas estão se encaminhando para um futuro melhor, sempre um sentimento fica a espreita na espera de poder atacar e quando estamos mais vulneráveis, podemos sentir seu bote sorrateiro como uma serpente mordendo nosso calcanhar?


Esse sentimento é a INSEGURANÇA.


Dá um aperto no coração imaginar aquela pessoa maravilhosa a quem conhecemos a pouco se encontrando com outras pessoas e vivendo sua vida exatamente como era antes de nos conhecer, mesmo que a nossa vida já não seja mais como era antes.


Não é que seja uma exigência, pois somos seres livres e iremos lutar de todas as maneiras para proteger nossa liberdade e nossa independência, mas somente a segurança de um EU TE AMO, seria capaz de amenizar a insegurança em um coração.


Olha eu aqui, a quem sempre a liberdade e a livre conduta não eram apenas palavras e sim meios de expressão de sentimentos, agora quero me ver amarrado, entrelaçado, preso e conjugado a alguém a quem o coração bateu forte nas últimas semanas.


A quem não me chateia clichês e nem nomes bobos, apenas alguém a quem um abraço e uma noite dormida ao seu lado seriam únicos e maravilhosos demais...
Sou seu Urso, seja meu Chaser...

sábado, 29 de novembro de 2008

Dicas de Paquera





O verão vem chegando com todas as suas novidades e atrações. Festas badaladas, muita gente bonita, possibilidades e mais possibilidades de se encontrar alguém interessante para curtirem juntos e quem sabe até o romance subir a serra e atingir o ápice de um relacionamento duradouro.

Para que isso ocorra precisamos de algumas dicas especiais para que todos possam curtir a paquera tranquilamente e saber como chegar na pessoa certa com a palavra certa, e por isso seguem algumas dicas práticas para se aventurar no mundo da conquista.

Otimismo: Antes de mais nada seja otimista.Não me importa a sua crença ou religião, as pessoas sentem quando você está pessimista ou cético em relação a qualquer coisa. Na paquera isso é como um imã ao contrário: as pessoas se afastam daquelas que emanam uma postura negativista. Seja otimista e acredite em si e em seu potencial, nada de achar sempre que não vai ficar com ninguém ou que não tem ninguém interessante. Mude sua postura que as coisas ao redor mudam em seguida.

Alegria: Sorria! Sempre digo que sorrir chama mais a atenção do que ficar fazendo carão. As pessoas gostam de quem está alegre e bem humorado. Faz bem estar ao lado de pessoas assim. Ninguém tem paciência de ficar ao lado daquela que só fica esnobando todos e assim acha que é desejável. Pode ser bonita, mas acaba a noite sempre sozinha. Seja a pessoa que todos querem estar perto!

Ousadia: Vá em frente, e não se intimide. Pense que se você chegar em uma pessoa existem as mesmas possibilidades dela aceitar ou não. Aja como se o não já estivesse com você, pois de qualquer forma já está (você não está com a pessoa) e vá em busca do Sim (você pode ficar com a pessoa).

Criatividade: Chegue junto, peça para ser apresentado, fale algo interessante, ofereça uma bebida, peça um cigarro ou o isqueiro. As cantadas são bem batidas, mas com um toque de criatividade você pode transformar as mais velhas cantadas em excitantes conversas.

Insistência: Não é porque você recebeu um não que você vá murchar e desistir. Prossiga e acredite sempre. Os gostos dos homens são variados (graças a Deus) pois uns gostam de bombados, outros gostam de magrinhos, outros adoram gordinhos e assim vai. Como dizia um amigo: Há sempre um sapato velho para um pé cansado!
Com algumas dessas dicas pode-se curtir esse verão bem acompanhado e mais intensamente. Não se esqueça de usar sempre a camisinha, ela é a sua garantia de muitos verões felizes ainda à frente!

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Sexo Virtual.



_Olha estou pensando muito em você!

_Que bom, eu também tenho me pego pensando em você e em seu corpo várias vezes ao dia.

_É mesmo?

_Sim. Em como quero sentir novamente seu toque, seu cheiro. Ah que cheiro delicioso!

_Você acha mesmo? Ai para com isso.

_Você é muito gostoso, quero ter esse corpo todo novamente sendo meu.

_Unhhhh. E o que você faria se estivesse comigo?

_Estaria beijando suas orelhas e massageando seus mamilos. Iria lamber sua nuca completamente e beijaria sua boca, seu queixo e chuparia seus mamilos.

_Ai que delícia!

_Iria beijar toda essa barriguinha agarrando-a com firmeza para não deixar de sentir seu coração batendo intensamente.

_Unhhhh, e você está vestindo o que agora?

_Estou completamente nu.

_Eu também, estou em meu quarto te desejando muito.

_Meu membro está pulsando aqui na minha mão.

_UNhhh Ahhhh...

_Estou querendo sentir teu c******* novamente. Ai como quero te possuir safado! Estou quase lá, nem sei se vou conseguir aguentar muito tempo, já que meu tesão está muito grande por sentir seu corpo. Ahnn, ahhnnnn Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhh hhhhhaaaaaaaaaahhhhhhhhh...


silêncio.


_E ai como foi?

_Adorei, e espero que você tenha gostado tanto quanto eu gostei.

_Oh sim, adorei... Te ligo!

_Beijinhos, gato!

_Beijos.



Fire_Fox diz.
E agora voltei a teclar contigo


Scorpion Fight sexo com cam diz.
Que bom, pensei que ia demorar pra dispensar aquele beesha afetada


Fire_Fox diz.
Onde estavamos mesmo?


.....


"Bater uma em homenagem a alguém é equivalente

a acender uma vela para um falecido, o que vale é a intenção!"



segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Escolhas e Decisões!




Todos os dias temos milhares de decisões a tomar, umas bem simples (que roupa usar, que caminho tomar para o trabalho, qual restaurante irei almoçar) e para essas decisções temos sempre rapidez nas escolhas, dependendo apenas de algumas opções e algumas diretrizes que devemos respeitar por mais simples que sejam. Por exemplo, a roupa que iremos usar deverá ser condizente com o trabalho que exercemos e com as opções que temos no guarda-roupas.



Outras decisões são mais dificeis, pois possuem consequências maiores e por esse motivo devem ser estudadas para que com sabedoria e discernimento sejam apontadas aquelas que realmente tem as melhores chances de serem bem sucedidas num futuro; exemplo: qual faculdade irei fazer, qual cidade irei morar e talvez uma das mais importantes que tenhamos de decidir: com quem iremos ficar!



Parece até tolice dizer isso, mas nunca tive a sorte de encontrar o amor no jardim de infância, me dando a graça de estar com a pessoa que julgo certa a vida toda. Cada caso que tive foi diferente e igualmente difícil. E cada dia que passa ficamos naturalmente mais seletivos e exigentes com quem iremos confiar nossa companhia.



É comum gays ficarem pulando de galho em galho, de relacionamento em relacionamento pois não estudam com uma certa frieza cada pretendente. Dizem que é melhor deixar rolar e deixar as coisas acontecerem. Para mim isso soa mais com: Se der certo, deu, se não der certo, que se dane. isso é uma verdade, mas relacionamentos quanto mais sério ficam, mais entrega e cumplicidade exige. E não tenho tempo de ficar pulando de galho em galho.



Mas também, não acredito por certo ficar analisando, analisando e nunca querer ficar com ninguém. Penso que todas as pessoas tem defeitos e que todas irão de alguma forma nos magoar confrontando suas limitações contra as nossas exigências, mas ai temos uma escolha para fazer. Escolher quem iremos perdoar mais vezes e a quem iremos demonstrar nosso amor. Isso eu vejo como um relacionamento maduro! Amar o companheiro com seus defeitos e isso é uma decisão da nossa parte.



Temos decisões que ninguém pode tomar para nós. São as decisões internas que temos de fazer todos os dias. E acredito que sejam as mais importantes. Todos os dias temos de decidir sermos felizes. Não importam as circuntâncias, é agora que devo decidir ser feliz! E não depende de nad e nem de ninguém. Quando o incentivo vem de fora são momentos de alegria, mas quando vem de dentro é a felicidade verdadeira que dura sempre.


Não é fácil. Acordamos e topamos o dedinho na quina da cama... com certeza não iremos dizer: Ai como o dia está lindo e meu dedinho está precisando de um band-aid. Mas sim praguejar. Decidir ser feliz envolve mais a minha vontade do que os elementos ao redor. Isso é meio Lei da Atração, mas é verdade e acontece.


O livre arbítrio foi a maior dádiva que recebemos. Temos o poder de escolher todas as coisas, boas ou ruins e decidirmos sobre elas. Isso que acho mais tremendo na raça humana. Não somos vítimas do universo, somos criadores do nosso presente!









sábado, 22 de novembro de 2008

...

"Por que publicar o que não presta? Porque o que presta também não presta. Além do mais, o que obviamente não presta sempre me interessou muito. Gosto do modo carinhoso do inacabado, daquilo que desajeitadamente tenta um pequeno vôo e cai sem graça no chão.”
(Clarice Lispector: A Legião Estrangeira)

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Mais sábio ou apenas mais velho?





Era mais uma tarde chuvosa e eu estava na net conversando com um homem qualquer a quem imaginei novamente ser talvez uma possibilidade de um novo começo, mesmo tendo prometido a mim mesmo que não iria mais fazer isso, já que cada vez que conheço alguém mais desanimador é, já que quase sempre não dá em nada e eu fico mais decepcionado e incrédulo.


Conversamos e ele disse que queria me conhecer e tudo aquilo que acontece normalmente. Mas novamente foi uma decepção para mim enfrentar essa realidade. O pior foi que isso já era de se esperar, e ainda a culpa interior por já saber que não ia dar em nada e ainda assim me expor dessa maneira me fez refletir, SERÁ QUE ESTOU FICANDO MAIS SÁBIO COM O PASSAR DOS ANOS OU APENAS MAIS VELHO?



Estive pensando nisso pois é meu aniversário e cheguei aos vinte e nove anos, muito novo ainda sei, mas me preocupa ter ainda atitudes que não consigo controlar. Sou ousado em embarcar em barcas furadas, mesmo já sabendo o final da história. Ainda acredito no amor romântico e no principe encantado, aquele que irá me satisfazer em todos os aspectos de minha vida. Mas cada vez que o procuro o que vejo são sapos, e o pior é que nem tentam mais se esconder de serem sapos.
O tempo passa para todos mas somente os que conseguem por em prática o que vão aprendendo se vão bem!
O bom é que aprendi com o tempo a saber se uma relação vai ou não dar certo. É um radar interno que pulsa quando estou entrando em uma barca furada. O único problema a ser solucionado é a minha nata propensão a embarcar nessas barcas já fadadas ao fracasso. Isso com certeza ainda levará um tempo a ser aprendido.



Vinte a Nove (Legião Urbana)



Perdi vinte em vinte e nove amizades
Por conta de uma pedra em minhas mãos
Me embriaguei morrendo vinte e nove vezes
Estou aprendendo a viver sem você
(Já que você não me quer mais.)


Passei vinte e nove meses num navio
E vinte e nove dias na prisão
E aos vinte e nove com o retorno de Saturno
Decidi começar a viver.


Quando você deixou de me amar
Aprendi a perdoar
E a pedir perdão.


E vinte e nove anjos me saudaram
E tive vinte e nove amigos outra vez.

Estereótipos Perfeitos!




Estava essa tarde assistindo o dvd do Nárnia II - O Príncipe Caspian, e me decepcionei um pouco com o filme. O motivo: como posso torçer por um exército de criaturas medonhas do bem contra um exército de homens maravilhosos do mal?


Sei que tudo não passa de um filme e que todos os atores estão ali mesmo para contar a estória e tal, mas queria frisar uma situação que todos passamos ou pelo menos estamos acostumados rotineiramente que é a de termos nossos estereótipos perfeitos.


Se eu perguntar qual o modelo da família perfeita, e quase cem por cento da população irá apontar o caso de um homem, uma mulher e duas crianças, de preferência um menino e uma menina. O cinema americano retrata a família ideal como algo a ser perseguido e recebemos como herança esse legado. Agora, quando não temos o exemplo do bandido e do herói a quem perseguimos como modelo?


O homem perfeito muitas vezes é aquele trabalhador, bonito, sem barriga, versátil na cama, que não é afeminado, é másculo, não fuma e nem bebe. E quantos de nós esperamos topar com um desses ao dobrar da esquina e nos frustramos quando o que encontramos é mais um oposto do homem ideal.


Mas o que esperamos é que nossos estereótipos sejam atendidos. Que os bandidos sejam feios e os mocinhos sejam lindos e charmosos. É assim (ou pelo menos deve ser assim) no cinema e no fundo queremos que seja em nossa vida real. Temos o cinema como um alvo. Sempre queremos que o final seja feliz e que o mocinho salve a mocinha e sejam felizes para sempre. É ilusão? É! Mas o que seríamos de nós sem nossas ilusões?


Pra mim perfeição é o Diário de Bridget Jones, afinal de contas ela não era o estereótipo de beleza, mas conquistou os dois galãs da história sendo sim um marco de sensualidade e poder da mulher... que por fim se deu muito bem. Por que não sonhar com essas histórias?

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

domingo, 16 de novembro de 2008

Os Dez Mandamentos da Beesha Descolada!





Estava brincando com um amigo e imaginei que falta essa iniciativa para nossas queridas amigas beeshas serem melhores ainda do que já são. Espero que possam aproveitar e serem felizes ao praticar cada passo desse dogma.


1º Mandamento: Não Tombarás a beesha amiga. Pense bem antes de derrubar sua amiga beesha que errou no corte de cabelo, que usou lápis demais, que bebeu demais e que ainda não conseguiu ser como você é... perfeita!


2º Mandamento: Não farás carão desnecessário. Use e abuse do carão quando for necessário. Um sorriso e uma tez amável abrem mais portas que um nariz empinado e um peito emplumado, por isso sorria!


3º Mandamento: Não farás a Elza em sua amiga bêbada. Lembre, que um dia é sua amiga beesha e no outro pode ser você toda cagada jogada na valeta. Cuide também do c* dela, pois pode não ter dono dutrante a bebedeira, mas depois com certeza alguém vai reclamar o usofruto.


4ºMandamento: Não cobiçarás o bofe alheio: Sabe aquele bofão maravilhoso que sua amiga conquistou? É dela e você não tem nada de cobiçar, tem que ficar feliz pois quando você conquistar um bofão desses todas suas amigas com certeza ficarão felizes... Jura!


5º Mandamento: Respeitarás o gosto da beesha ultra fashion. Não precisa amar o colete de paetês verde limão com a calça de cotton branca e o chapéu de plumas que eles estão usando, mas respeito é bom e todo mundo gosta!


6º Mandamento: Tamanho não julgarás como documento. Não pense que ter dezoito ou vinte e três centímetros de personalidade irão satisfazer tão bem quanto se ter alguém para dividir os sonhos e até um conjugadinho na Brasil.


7º Mandamento: Lerás pelo menos um livro por mês. Por favor, tenham algo a mais para conversar com qualquer um que não seja apenas roupas, festas, divas ou tolices. Seja mais que um rostinho bonito!


8º Mandamento: Terás amigos e não apenas ficantes. Conheço pessoas que só saem para caçar, e nunca conseguem desenvolver uma amizade de verdade ficando apenas sozinhos ou batidos com a quantidade de bocas que beijam em uma noite.


9º Mandamento: Não julgarás o livro pela capa. Nem todos são o que parecem ou que a sociedade os define. Nem toda barbie é burra e nem toda beesha é fútil. Temos que conhecer as pessoas antes de julgá-las a primeira vista.


10º Mandamento: Não levarás tudo a ferro e fogo. Divirta-se sempre. Sorria, brinque e leve a vida na esportiva. Nem sempre teremos a razão mas nem por isso deixemos de expor nossa opinião. Saiba conviver com a diversidade e não leve a vida tão a sério, afinal de contas, ninguém sai vivo dela mesmo.


.........



sábado, 15 de novembro de 2008

Beeshas Batidas





Trechos de conversas com amigos...




_Quando eu vi aquele garoto lindo daquele jeito, disse para mim mesmo: Esse já é meu!

Dizia meu amigo Arnaldo em uma de nossas animadas conversas regadas a vodca e energético antes da balada sobre o nosso conhecido em comum Júlio.

_Ele me disse que fazia faculdade de veterinaria e que trabalhava em uma loja de departamentos para ajudar a pagar seus livros. No momento percebi algo estranho, pois lhe fiz algumas perguntas pertinentes a sua área de atuação e ele nem soube como responder, e acabamos ficando aquela noite. Já na semana seguinte fiz questão de checar se os dados eram verdadeiros e qual a minha surpresa ao constatar que a beesha além de mentirosa era mais batida que clara de ovo pra fazer suspiro.

Ri da colocação de meu amigo, mas tinha que assumir que o menino não era realmente para ele.

_Além do mais na mesma semana eu fui a boate e fiquei analisando a pessoa em questão e lá estava ele ficando com um menino novo na cidade. Logo em seguida, largou aquele e já estava beijando no maior amasso outro visitante da casa noturna. Morreram ali todas as minhas esperanças de namorar um menino daqueles.

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Estávamos eu e meu amigo Ricardo em uma de nossas caminhadas pela Atlântica e tricotando sobre as nossas e as vidas de quem conhecemos, quando um comentário maldoso saiu de minha boca:

_Eu acho o Armiro uma beesha muito batida!

_Ai, eu não sei como ele consegue toda noite ficar com um cara novo.

_Turistas! Eles não conhecem a fama dele e acham ele bonitinho.

_Eu estava na boate sábado passado e fiquei horrorizado, já que o Armiro veio e beijou um cara bem bonito e tal, e logo deixou ele de lado. Seguiu em frente e avistou um outro cara e o beijou. Assim mesmo, sem nenhum pudor na frente do outro cara. E isso é toda vez que ele vai pra Boate.

_Ou seja, toda sexta e sábado você quer dizer.

_SERÁ QUE VALE A PENA FICAR SE QUEIMANDO NA FRENTE DE TODOS?

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O som está no máximo e as músicas incitam a dança do mais puro ritmo baiano, o axé. Estou vendo todos dançando e em especial um cara que dança muito bem, e que vem em minha direção e como carregando um carrinho de mão, sacoleja aquele corpo descomunal ao som dessa musica. No momento fico excitado pela iniciativa do gajo. Dançamos juntinhos, agarradinhos e até com espaço para beijinhos na nuca e de leve na boca. Agora ao ritmo de maionese, dançando e falando ao pé do ouvido sussurra ele:

_Essa noite preciso de um corpo para me aquecer e amanhã estou indo embora para minha cidade.

Em minha frente um homem maravilhoso e uma situação excitante, mas em seguida passam de uma única vez Armiro pegando outro turista desconhecido e em um canto consigo avistar Júlio agarrado aos beijos com um rapaz que também não vem ao caso.

_Adorei te conhecer, mas eu tenho de ir embora.

Fui embora a tempo de salvar ainda um pouco da minha conduta como beesha não batida. Cuidar para que nunca chegue a ser assim...


quarta-feira, 12 de novembro de 2008

É Primavera!!!





E vem chegando a Primavera! Época em que as flores desabrocham, o clima fica mais agradável e a diversão na praia começa a correr solto. Todos estão mais bronzeados e as roupas mais leves, tudo demonstra que as coisas estão cada vez melhores.


MAS PORQUÊ TODOS ESTÃO NAMORANDO, MENOS EU?


Engraçado, me faço essa pergunta desde que um amigo meu que a anos não namora ninguém e sempre o tive como do tipo solteirão convicto, está a rodas agora com seu amor, nada mais nada menos que um rapagão maravilhoso, lindo, simpático, querido, inteligente, e etc, etc, etc...


Não o estou invejando, acho que pelo tempo em que ele ficava ouvindo as lamúrias de todos os que ao seu redor namoravam e ficavam e largavam, ele está recebendo apenas a retribuição que lhe é devida. Nada mais justo!


Mas se todos estão a volta com seu parzinho, cadê o meu? Na Arca de Noé entraram duas de cada espécie, cada bicho com seu parzinho; nas formaturas da vida entram sempre de dois em dois. Para comer em restaurantes os pratos são feitos geralmente para duas pessoas. Para adotar uma criança fica quase impossível fazê-lo sem serem dois. E nem digo para fazer uam criança.


O mundo é contra os solteiros, mas temos coisas que os casados nem podem imaginar. Adoro ficar em casa sozinho assistindo filmes dramáticos no DVD; andar no calçadão admirando os corpos semi-nus que a primavera incita a irem à praia; sair de casa na sexta ou no sábado, ou em qualquer dia da semana sem ter de dar satisfação a ninguém; não me preocupar em comprar presentes nos dias especiais.


Tá certo que o oposto de tudo isso também é bom. Mas o que posso fazer se nesta temporada estou solteiro?


terça-feira, 11 de novembro de 2008

Não é quem, é quando!










Estive lendo um livro muito interessante sobre relacionamentos a um tempo atrás, o qual não me lembro o nome agora que dava uma idéia brilhante e libertadora: as pessoas não se casam apenas por encontrarem a pessoa certa, mas sim por chegar a hora certa!

Isso quer dizer que não importa necessariamente quem é a pessoa, mas sim a hora em que estamos preparados para juntar os trapinhos.
Se levantar essa questão as coisas ficariam ainda mais contundentes já que não sei nem a hora e nem a pessoa certa para mim. Dizia aquela música: quem sabe faz a hora e não espera acontecer.


E COMO SABER SE É A HORA E A PESSOA CERTA?




O casamento tem 50% de chances de dar certo e outras 50% de chances de dar errado, isso tudo levado ainda a possibilidade de se estar na hora errada de se casar e com as pessoa errada seria ainda pior.




Nunca falei sobre um de meus ex-namorados nesse blog, o Luiz, pois sabia que para falar sobre ele teria de ser algo especial, já que ele foi especial pra mim. Ele era o cara certo que conheci na hora errada! Vivemos um caso de amor enlouquecedor que me jogou na Via Láctea de tanto prazer, mas não durou mais do que três meses.




Foi a melhor pessoa que conheci e com certeza o melhor caráter entre todos os meus relacionamentos, mas era a hora errada. Não estava eu preparado para cultivar uma vida a dois, e perdi a oportunidade! E se chegar a hora certa, será que terei novamente o homem certo para fazer a perfeita combinação que minha vida tanto necessita?






segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Não Sou Anormal!





Estava assistindo a mais um daqueles bate boca do Superpop com a Luciana Gimenez, onde um reporter e dois pastores, discutiam com uma lésbica, e dois transexuais sobre a lei da Homofobia, e em meio a tudo isso apenas uma palavra me ofendeu. Um dos pastores disse que apenas tinham direito a uma vida normal pessoas normais que possuem relações naturais de homem e mulher. Como sempre me questionei: Então sou anormal e não tenho direito a uma vida feliz por conta deles?


Fui evangélico por dez anos (isso mesmo) e em todo esse tempo sofri muito tentando esconder e até anular os desejos que possuia por homens, mas não consegui e posso afirmar que fiz tudo que era possivel!

Mesmo muitas vezes meu guia espiritual dizer que eu tinha pouca força de vontade para mudar e queria viver na lama do pecado. Mesmo assim tentei e Deus sabe o quanto lutei. Se havia congresso de libertação, lá estava eu; quando era cura interior, eu era o primeiro da fila. Sempre estava lá, pois não aceitava a minha condição de "pecador".


Li muito, mas percebi que não estava conseguindo me libertar, decidi fazer o máximo esforço para ser outro homem: me casei! Não digo que foi a melhor opção e nem a melhor coisa que fiz, mas tentei novamente. Três anos casados e posso garantir que a minha ex-esposa foi uma mulher única e maravilhosa, mas um dia lhe contei toda a verdade e nos separamos. Fui despedido de meu emprego, toda a cidade ficou sabendo do meu procedimento, e para tentar mais uma vez, a pedido do meu lider espiritual fiz uma confissão pública na igreja de que era homossexual e ainda fui para uma clínica de recuperação me curar.


Fiquei sete meses em regime quase fechado, conheci um pouco mais da vida de alcóolatras e viciados em drogas (já que a clínica era para viciados) e percebi que não ia conseguir mudar o que nasci para ser, e apenas aceitei ser como eu sou! Não sou mais e nem menos que as outras pessoas, e por isso posso afirmar que sou normal.


Não aceito mais que as pessoas me digam que não sou normal ou que não mereço ter os direitos que todas as pessoas normais tem. Exijo esses direitos e quero lutar por eles, já que sinto que essa causa necessita de mais adeptos, se a minha ajuda valer de algo, pode ter certeza que uma pessoa normal iria fazer isso!



sexta-feira, 7 de novembro de 2008

The End





Quando é que o fim de uma relação perdeu o seu romantismo?





Eram entre lágrimas o fim de um relacionamento no passado. Ele saia pela porta levando duas malinhas apenas (com esse consumismo exagerado dois baús enormes seriam impossíveis) e ela ficava aos prantos olhando a cena. Hoje um advogado chega pro marido e manda ele sair levando seu pinto senão ela vai arrancar dele como recordação dos bons tempos.





Por um fim em uma relação sempre é complicado e nunca tem certo e errado. geralmente há uma proporção igual de erros dos dois lados. Meus relacionamentos sempre foram (espero que mudem) conturbados, portanto o fim deles segue a mesma linha. Teve um que ainda não terminou, e continua me atormentando, mesmo quando ele me diz que está amando muito seu atual namorado; os meios de comunicação ajudam muito nessa hora: um terminei via embratel e o outro via MSN.



Até que a morte os separe...



A morte as vezes nos dá a cartada final para relaionamentos. A dois meses fui ao velório de um ex-namorado, e acredite fiquei muito estranho. Ter alguém a quem fui apaixonado, a quem fiz pela primeira vez um jantar a luz de velas com strogonoff (foi ali que aprendi) e de sobremesa pudim de leite a quem compus muitas poesias, e ter essa pessoa ali inerte em um caixão é horrível devido a nossa impotência.


Essa semana passei por isso novamente. Mas foi até engraçado. Liguei para um cara que estou conhecendo e tal, mas um irmão foi quem atendeu e me passou a história mais escabrosa de todas... ele morreu! O que é que está acontecendo agora, eles estão morrendo? Ou é uma maneira mais fácil de terminar com alguém? Olha só sei que fiquei arrasado, pois ainda não superei os eventos traumáticos com a morte passados recentemente. Em seguida descobri que era apenas brincadeira de muito mal gosto que eu havia caido.

Pois é, infelizmente ainda existem pessoas que brincam com isso.

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Confusão no Calçadão





Muitas vezes somos confundidos com outras pessoas em determinadas circunstâncias, as vezes pela aparência física, outras vezes pelas roupas que usamos ou até mesmo pelas idéias que expressamos. Temos muitas vezes rostos comuns e outras vezes somos parecidos com celebridades, mas a verdade é que a confusão faz parte de nossas vidas diariamente.


Certa feita estava eu em São Paulo em um bairro movimentadíssimo à noite. Estavamos em dois casais e minha acompanhante foi até o orelhão acompanhar o casal amigo em uma ligação. Fiquei próximo à rua na calçada vendo todo aquele movimento. Logo um rapaz muito bonito vestindo uma regata branca que salientava suas horas na academia veio me abordar:

_Você vai ficar muito tempo por aqui?

Eu sem saber qual era o motivo daquela abordagem e sendo minha primeira vez em São Paulo respondi à primeira coisa que veio em minha mente.

_Estou com alguns amigos e já estou de saída e eles estão ali, olhe - apontando o dedo para eles de costas para mim.

O rapaz acreditou na história pois eu definitivamente não levava jeito pra aquilo, e foi se afastando até que um automóvel parou a alguns metros e após uma curta conversa o levou dali.


Fiquei boquiaberto pois nunca havia sido confundido com um michê. Naquela época foi muito constrangedor pra mim e eu nem soube levar na esportiva.

Alguns anos mais tarde, passei novamente por esse contratempo agora aqui em Balneário. Foi divertido, pois dessa vez brinquei com o "cliente" e foi melhor ainda para meu ego, pois estava em bem pior forma do que aquela no incidente em São Paulo. Fui embora sorrindo sem ter feito nada quero deixar registrado. Mas vou confessar uma coisa: Não sou contra quem faz sexo por dinheiro, mas que ter alguém disposto a pagar por uma noite de sexo conosco faz um bem. Não digo para que ninguém vá ao calçadão esperar ser confundido por um turista pois é perigoso e antimoral, mas que é boa a sensação, ah isso é!


quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Meu Pé Esquerdo





Vou começar com uma fábula infantil...



Era uma vez uma família muito pobre que morava em um sítio muito bonito, pois apesar das poucas economias que possuiam, eram muito caprichosos com aquilo que tinham. A única forma de renda que possuiam era uma vaquinha malhada que dava leite diariamente. Um vizinho muito invejoso devido ao amor e o cuidado daquela família resolveu fazer algo contra eles. Foi em uma madrugada e jogou o vaquinha do alto de um penhasco para que a família não tivesse mais aquela fonte de renda. Algum tempo depois estava ele passando pelo sítio e percebeu que ele estava ainda mais bonito, com plantações enormes e ótimas instalações. Não acreditando naquilo que via resolveu chamar o vizinho e lhe perguntou como eles cresceram tanto assim. Seu vizinho disse que aconteceu na madrugada que sua vaquinha que lhe dava leite diariamente caiu do penhasco e eles sofreram muito, mas perceberam que não podiam ficar esperando e foram a luta. Perceberam que era a vaquinha a razão do seu estado de pobreza, e conseguiram muito mais quando ela morreu.


A algum tempo venho sentindo dores fortes no meu pé esquerdo. Após pôr gesso, tirar raio x, fazer ultrassom do pé(saber se é menino ou menina, rs), tomar caixas e caixas de medicamentos fortes, descobri que não consigo andar mais da maneira como andava antes e tive de largar meu emprego que estava amando tanto...


Pra não cair em depressão tenho escrito muito, tenho colocado no blog tudo o que penso e quero dizer às pessoas e a mim mesmo. Mas o mais importante, estou redescobrindo minha vocação e minha grande paixão: a escrita.


Resultado de tudo isso ou não, esta semana saiu a minha primeira matéria em uma revista GLS de circulação em todo estado do Paraná e Santa Catarina. Acho que minha vaquinha morreu, mas tenho certeza que a vida resolveu me dar uma mão.




Site onde está meu texto sobre Insatisfação...
Acessem !!!

terça-feira, 4 de novembro de 2008

V de Vingança, P de Paixão






Dizem que a paixão é mais forte que a razão.

Mas não diga isso a um escorpiano com ascendente em leão!


Aconteceu a um tempo atrás, logo após o término com meu namorado Troy, ou melhor durante o rompimento do meu relacionamento onde ele me traiu com esse rapaz, o Italo. Pra mim foi uma situação única e quase insuportável onde terminamos e voltamos em seguida, e terminamos depois outra vez.


Algum tempo mais tarde estava em um site de bate papo foi quando começei a teclar com um rapaz muito interessante e culto. Conversamos e então ele me passou seu e-mail para adicioná-lo no MSN. Quando eu vi o e-mail eu logo liguei a pessoa ao nome. Era ele o garoto que havia sido o pivô de nossa separação! Eu o aceitei e começamos a teclar como se nada tivesse acontecido. Após alguns dias é que lhe contei toda a história sobre meu relacionamento. Claro que nem toda a história. Ainda tinha em mente fazer minha vingança nem que fosse bem sorrateira.


Acabamos nos encontrando e quando eu achava que conseguia manter a postura de mau caráter para apenas usar o coitado até que ele percebesse que eu não dava ponto sem nó e que não esqueceria ou perdoariaa eles, lá estava eu apaixonado outra vez!


Pois é, o tiro havia saido pela culatra e passei um mês tentando conquistar o homem por quem havia sido traído . Resumo da ópera: Há razões que a própria razão desconhece...



segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Tô Surtando!


Quando é que a loucura se tornou tão comum em nossas vidas?

Em matéria de relacionamentos loucos eu posso dizer que já estrapolei a quantidade indicada pelo Ministério da Saúde. Defino louco como tudo aquilo que ultrapassa a razão e o bom senso! Defino como louco tudo o que faz de mim menos do que sou e do que tenho por ambição ser! Defino por louco toda ambição impensada e sem medida que expõe a fragilidade do outro.
Num certo momento de minha vida, fui louco ao constatar que o que eu sentia não era correspondido na medida que queria e achei que devia acabar com tudo. Cheguei a conclusão de que não valeria a pena viver sem o objeto do meu amor. Numa madrugada gelada, após um incidente na boate onde gritos e tapas riscaram a noite como um trovão, defini que o mar gelado ia me fazer bem. Fui em direção ao mar em uma poética e assombrosa marcha, que loucura total.
Graças a Deus que enviou policiais e alguns que passeavam por ali para me tirarem do mar. E no momento em que tomava banho quase gelado em meu apartamento percebi que se eu quiser surtar novamente que não o faça mais no mar, que use o instrumento que me é mais propício: a escrita. Aqui posso surtar a vontade e depois voltar ileso sabendo que a loucura ainda é o melhor remédio para o comodismo!

domingo, 2 de novembro de 2008

Essas Mulheres!!!


Hoje pela manhã acordei com meu celular apitando na minha cabeça seu toque do Wonderland Avenue e quase o joguei pela janela, não pelo toque mas por quem era que estava me ligando novamente: minha irmã. Falando assim parece que sou contra minha irmã. Nunca! Sou apaixonado por ela e por todas as mulheres da minha vida. Mas é que o cuidado excessivo pra mim que sou adulto que me cansa.

Vale lembrar que uma das muitas recentes pesquisas norte-americanas(será que alguém no mundo precisa conferir se são verdadeiras?) que as mulheres possuem uma facilidade maior que o homem de demonstração de seus sentimentos e ainda possuem um instinto maternal único. Pois você já ouviu falar de homem que vai visitar mulher em presídio? Mas isso é uma outra história. Por esse motivo são mais solicitas e companheiras que os homens.

Agora com base nesses dados a gente consegue perceber muita coisa interessante nos relacionamentos gays. Um relacionamento gay nem sempre é mensurado com papéis marcados entre os dois parceiros. Não existe a mulher e o homem, as vezes somente na hora do sexo pode ocorrer de um ser passivo e outro ativo, mas também isso não define esses papéis. O ser ativo e o ser passivo não faz de um mais ou menos gay que o outro.


Mas imagina então dois homens com dificuldades de conversar sobre relacionamento juntos tentando entender os sinais de fumaça que o outro vem desenvolvendo a certo tempo sem saber como verbalizar tais sentimentos? É confuso demais! Estamos nesse terreno minado desde o dia em que assumimos um relacionamento com outro homem (digo entre amigos também), muitas vezes fugindo de um para o outro sem nos darmos conta de que precisariamos conversar.

É tão batida essa história de que só as mulheres querem conversar sobre seus relacionamentos, mas é a dura realidade, pois em todos os meus nunca consegui discutir muito e por isso terminei alguns que poderiam até terem dado certo, se não fosse a minha dificuldade de verbalizar meus sentimentos.


Não que falar sobre um assunto vai fazer com que o mesmo cesse, mas pode ajudar na busca da solução do mesmo.

Quero agradecer as mulheres da minha vida que me ajudaram a entender a minha fragilidade como homem de não saber expressar o que sinto. Minhas queridas como minha mãe, que sabe distinguir pelo telefone quando estou mentindo e quando estou dizendo a verdade sem nem necessitar olhar em seus olhos. Minhas irmãs que me ensinaram lições importantíssimas de vida, mesmo que as tenha atazanado muito na infância. Minhas muitas amigas que hoje ainda são minha referência no estudo do gênero masculino em todas as suas facetas entre elas a Mery, que sabe fazer de um ponto um conto na difícil tarefa de viver.


Mas ainda uma coisa eu agradeço, nessas mesmas pesquisas em que a gente lê em revistas femininas (risos) e assistimos no Fantástico dizem que a mulher vê problemas onde não existe e são as rainhas do drama. Graças a Deus que podemos viver menos ansiosos e preocupados que nossas companheiras de espécie, pois estou bem feliz por nem sempre ter de discutir uma relação e poder ir logo pra ação, sem me martirizar depois pelo ocorrido!

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

O Eterno Dilema




"Quem escolhe demais meu bem, acaba escolhida!"



Pois bem, era o que eu dizia sempre à minha irmã em relação aos homens, já que ela era rigorozìssima quanto aos seus critérios de seleção, e olha que a fila de homens atrás dela era grande podendo ser comparada a de beeshas a espera de um ingresso para o show da Madonna.


Após um bom tempo eu percebo que valeu a pena, pois ela está namorando um homem maravilhoso, desses que não existem mais por ai perdidos nas estradas da vida. O segredo foi a seleção rigorosa? Não sei, pois ultimamente tenho sido cada vez mais seletista para com pretendentes a namorado oficial. O problema é que eles estão cada vez menos aptos à seleção. Ninguém mais quer disputar nada nos dias de hoje. Essa é a verdade!


Noite passada estava eu e meu amigo Mr. Kako conversando pelo MSN até altas horas foi aí que nos interrogamos:



_Como pode duas pessoas maravilhosas como nós dois a uma hora dessas da madrugada estarem sozinhas e sem nenhuma opção amorosa para seguir em frente?



Pois ele estava contando de mais um caso de amor mal resolvido, dessa vez com um hétero que ainda não se decidiu sobre sua opção sexual, e eu lhe contando de meus recentes infortúnios com pessoas que não estavam dispostas a levar nada a diante.

Não estou falando de dois caras feios e nem dois caras sem nenhum charme e nada assim. Estou falando de dois caras cultos, bonitos, charmosos, trabalhadores, esforçados que não conseguem resolver o eterno dilema: Por quê ainda estamos sozinhos?


Parece que não há uma resposta simples a essa indagação. O que acontece é que temos milhares de livros tratando desse tema tão abordado recentemente. Mas porque não parece que queremos estar com alguém? Sabe, eu quero ser independente mas também quero pertencer à alguém; eu quero ter sexo selvagem mas também quero dormir de conchinhas com alguém especial; eu quero curtir balada mas quero fazê-lo ao lado de alguém divertido ao qual meus amigos adorem; eu quero ouvir eu te amo e quero poder dizer livremente sem ter medo da reação.


Mas parece que estamos entrando em uma época em que o sexo sem compromisso (o qual defendo sim, quando é de ambas as partes sem compromisso) escravizou as pessoas, e não mais o "felizes para sempre" que está em voga.


Aliás, num recente jantar na casa de um casal de amigos mui queridos aprendi a tirar o "pra sempre" de minhas idealizações para só assim ser feliz...


quinta-feira, 30 de outubro de 2008

...Saindo do Armário (de Salto Alto)...




*foto by Mariana Andrade



Quando nasci mamãe tinha uma opinião formada quanto ao meu futuro. Casaria e teria lindos filhos que ela chamaria amavelmente de netinhos... Pois bem, me casei, descasei e continuo nesse mundo de meu Deus sem saber se algum dia terei ou não um filho. Mas já vou de antemão afirmando: não me preocupo mais com rótulos e nem com padrões. E afinal de contas, ela já tem seis netos pra se preocupar e não ia precisar de mais um...


Sei que é dificíl sair do armário contando para pessoas que amamos e respeitamos e isso o digo com conhecimento de causa, mas é um esforço necessário para então podermos gozar de uma vida realmente livre sem pressões e o principal de tudo, sem acusações! Pois elas existem e continuaram a existir, mas parece que uma força interior tão grande sai no momento em que abrimos esse armário, que pode o mundo se acabar, que estaremos e permaneceremos de pé.


O meu armário foi complicado para ser quebrado, mas quero apenas me concentrar em um acontecimento a um tempo atrás. Na cidade vizinha de Itajaí há uma festa anual intitulada de "Festa das Montadas", onde o requisito obrigatório para entrar é que os homens devem ir de vestidos longos e as mulheres de terno e gravata... Isso mesmo, literalmente tirar do armário a roupa "especial" e curtir muito.


Fomos eu, Ricardo, Leon, Márcio e Mabele, uma amiga minha muito querida que também aproveitou o evento para "simpatizar-se" mais com a causa. Emprestei um vestido verde curto. O pior era que minha meia fina resolver rasgar-se no momento em que a colocava. resolvi investir na noite depilando minhas pernas. Coloquei um salto alto prata e uma linda peruca loira e alguns acessórios. Parecia uma paquita com sindrome de botijão de gás.


A minha primeira aparição em público "transformada" foi ao descer as escadas de meu prédio. Quero parabenizar as mulheres por usarem saltos todos os dias demonstram o quanto são guerreiras. Mas no momento em que sai do prédio, não havia ainda me dado conta de que no primeiro andar havia um churrasco na sacada e todos - quero frisar todos - estavam vendo o meu desfile. Fui aplaudido, ops, aplaudida! Mas a noite estava apenas começando e fomos o mais rápido possivel para a festa.


Uma chuva torrencial caia lá fora e quando chegamos ao local onde se realizaria a festa ao redor de uma piscina toda decorada, percebi que não sabia andar de salto no barro, e lá estava eu com o pé todo atolado de barro. Quem disse quem isso era motivo para não nos divertirmos. Bebemos muito, cantamos muito, dançamos muito. Eu havia me tornado "Penélope Charmosa" e encantava a todos com meu charme e meu biquinho nas poses e fotos...


Lá pelas tantas, fui com meus amigos para a boite. Não tinha noção do quanto estava bebâdo e nem das roupas que estava usando. Para se ter uma idéia o salto do sapato já estava sem os dois tacos até que se rompeu na lateral. O pior é que sempre quando não estamos de acordo encontramos as pessoas que não queremos. Lá estava no meio do salão meu namorado que dissera não ir a festa pois não a achava digna... Ele me viu, me olhou e me desprezou de uma maneira tão dura pra mim que dei um jeito de ir embora dali rapidamente.


Sentei-me na calçada, com meu amigo Márcio e enquanto estava chateado ele cantava:


"Somos todas prostitutas, filhas de uma puta e queremos dar, lá lá lá..."


Aquilo era tão hilário que não me contive e ri muito, com altas gargalhadas.

Ricardo nos levou para casa onde ainda não conseguia parar de rir.


Melhor do que ter uma noite em cima do salto, é você ter coragem (e peito) para dar risadas de si e do preconceito que muitos gays ainda não sabem que tem! Ah e quanto ao namorado, tadinho perdeu a oportunidade de ser feliz ao meu lado.

terça-feira, 28 de outubro de 2008

"Será que dá pra calar essa boca?"

Qual o melhor programa para um domingo?

Duas opções são as mais pedidas para os gays domingueiros: shopping ou sauna!

No Shopping há um desfile de beeshas usando as novas tendências da moda em seus corpos bem cuidados e torneados por horas de academia e baladas de alto nível.

Na Sauna predominam os coroas maduros que tem muito a ensinar as novas gerações de beeshas que desabrocham dia após dia.

E quando se está na fase intermediária entre os coroas grisalhos e as beeshinhas novinhas, fica mais dificil se alocar em lugar algum.



Saimos num domingo desses eu e meu amigo Paulo para irmos a algum lugar interessante para podermos passar mais um "domingo legal", e não tinhamos outra opção entre as duas pedidas, escolhemos sauna...

Fomos nós acreditando ser a melhor opção para os dois, mas não sabiamos o que fazer.

Primeiro a vergonha de ficar apenas de toalhas e segundo, ver todas aquelas besshas de toalha...



_Ai se alguém me ve aqui. Pensava e expressava verbalmente Paulo a mim.

_Não se preocupe, vamos nos dar muito bem! Incentivava-o e me enganava com o incentivo.



Nos dividimos entre as muitas opções de "lugares" que a sauna oferecia. Acabei por ficar no deck da piscina, enrolado com uma toalha branca e vendo todos que passavam. Como um mercador podia escolher entre aqueles corpos, mas estava dificil escolher alguém legal pra mim naquele dia. Pensei na possibilidade de satisfazer ao menos meu corpo com um refúgio sexual com um daqueles que passavam, mas não sabia como chegar até eles.

Foi então que um dos poucos deuses gregos daquela tarde resolveu dar o ar de sua graça a esse pobre mortal. Mas como estava meio assustado só sabia falar e falar. Conversamos muito, e acabei descobrindo que ele estava de férias e que havia a pouco se separado de um outro homem maravilhoso, e que queria muito sair pra curtir. Não havia percebido, mas ele estava flertando comigo, então começei a jogar charme pra cima dele e ele me respondeu categóricamente:

_Não consigo fazer sexo com alguém na sauna com quem eu tenha tido uma conversa antes!



Me calei pois novamente confirmava minha teoria de que eu falava demais.

Eu e meu amigo fomos logo em seguida para o shopping, nossa segunda parada na esperança de um bom encontro. Ele havia odiado o lugar, mas ne contou sobre seu passeio aos darks que haviam no segundo piso da sauna...


Chegamos ao shopping e minha já calejada teoria de que quando as coisas não vão bem, elas podem ficar piores, decidimos ir ao cinema. Na entrada do mesmo encontramos a razão do meu mau pressentimento: meu ex Carlos com seu atual affair, o qual não me interessa saber seu nome. Fiquei em uma daquelas situações onde um sorriso amarelo era o máximo que conseguia oferecer, além de um aperto de mãos.

Dentro do cinema foi que percebemos que estava lotado, e que o pior era que Carlos ainda gostava de sentar-se nas cadeiras bem na altura da tela, bem acima de onde eu e meu amigo iriamos nos sentar. Não me lembro que filme era, mas o nervosismo tomou conta de mim e meu amigo queria me ajudar, mas o som era altíssimo do cinema e começei a falar como eu sentia falta dele e que como podia ter acontecido de tê-lo encontrado logo ali no cinema, que era muita coincidência, e eu não conseguia novamente fechar a boca, até que num impulso Paulo grita comigo:
_Será que dá pra calar essa boca, não é por que seu ex-namorado está com outro cara que você precisa ficar me atormentando com esse palavrório...

O pior não foram as palavras, foi que no momento em que ele começou a falar o som da sala emudeceu e somente os gritos do meu amigo direcionados a mim podiam ser ouvidos.
Tragédia total!!!

Ainda me recupero do desastre, mas sei que um dia conseguirei, afinal de contas tem muitos domingos ainda por vir e desastres semelhantes a que irei passar. Mas é bom sempre ter um amigo por perto pra te ajudar a passar por um mico público!

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Quem fala demais come mosca...

Quando se está apaixonado ou em outra qualquer situação em nossas vidas precisamos refletir antes de falarmos qualquer coisa. Já é conhecida aquela velha estória da menina que falava demais e sem querer comeu uma mosca em um momento em que sua boca não ficou fechada... Se teve indigestão ou não ou se tiveram que chamar o SAMU para resgatar a coitada, não me lembro. Apenas sei que quando estamos amando falamos demais e queremos que todos nos ouçam com a mesma empolgação com que contamos sobre pequenos detalhes tão tolos para qualquer um, mas para os amantes são como música, ou o zumbido da mosca a ser engolida chegando...
Certa feita era carnaval, e estavamos eu e meu namorado Troy em uma dessas lanchonetes no calçadão próximo ao mar, onde ele me levou para experimentar uma receita pra lá de intencional: vitamina de açai com guaraná. Enquanto experimentava a iguaria, minha boca não se calou um segundo contando todas as peripécias que aconteciam na loja naquela semana. E tudo era tão importante que precisava ser dito, pois bem, não percebi se meu ouvinte estava ou não interessado, até que recebi uma mensagem em meu celular. Imediatamente abri o celular e lá estava, em pequenas letras pretas sobre o fundo cinza claro a maior declaração de amor que havia recebido até então:
"Eu te amo, por favor não me faça sofrer por isso!"
Enquanto eu falava e falava, ele escrevia aquela pequena frase que conseguiu mudar todo o meu coração em um segundo. Talvez fosse intencional a complementação pelo que iria acontecer em seguida...
Aquele carnaval durou três dias e nossa paixão rendeu uma lua de mel divina. Não sei se foi a vitamina de açai com guaraná, mas não saimos nenhum dia de casa.
No terceiro dia, uma mosca entrou em nosso quarto com seu zumbido insuportável. Estavamos conversando, e no momento em que ele havia aberto seu coração para mim eu me senti livre para abrir o meu a ele, porém escancarei-o demais...
Chegamos ao ponto em que eu devia ter calado a boca. Perguntou a mim qual era a minha maior fantasia sexual, e eu na maior inocência (pra não dizer idiotice) lhe disse: Ter uma menage a trois, e você? Era como se aquilo lhe soasse como um tapa no rosto. Como alguém tão liberal até então podia ter feito aquela cara quando lhe disse apenas a maior de todas as fantasias sexuais?
_Mas você já fez isso? Me perguntou na maior cara de aberração.
_Sim, e foi maravilhoso. Podíamos até mesmo repetir...
Quando se é liberal sexualmente ou então fala-se demais, tem de estar certo de que irá engolir a mosca, como eu fiz naquele instante, e meu feriado de carnaval se acabou ali mesmo.
Quantas moscas depois quase engoli tentando me desculpar desse fatídico acontecimento?
Quantas vezes chorei sabendo que a felicidade estava ali e eu a troquei por uma mosca nojenta?
Mas hoje espero não mais falar tanto, nem comentar tudo, nem mostrar tudo que escrevo e nem pensar em voz alta, afinal de contas as moscas estão por ai, voando aguardando alguém que não feche a boca para ali pousar. Por isso amigo, quando ouvir um zumbido, feche a matraca!

sábado, 25 de outubro de 2008

Os Outros


Os Outros
Já conheci muita gente Gostei de alguns garotos Mas depois de você Os outros são os outros Ninguém pode acreditar A gente separado Eu tenho mil amigos mas você foi O meu melhor namorado
Procuro evitar comparações Entre flores e declarações Eu tento te esquecer A minha vida continua Mas é certo que eu seria sempre sua Quem pode me entender Depois de você, os outros são os outros e só

Kid Abelha

Não sou muito bom em estatística, mas eu tenho certeza que a probabilidade de pessoas comuns como eu e meu amigo Ricardo encontrarmos o homem certo para nós é muito pequena, já que temos de levar em conta milhares de variáveis desconcertantes, e o principal: comparar o presente com o passado glorioso ao lado de nossos ex.

Parece uma grande piada, pois quando eu estava namorando a grande paixão de minha vida, eu conseguia enxergar sim muitos defeitos. Troy era um homem complicado. Sua família não sabia de sua opção sexual e tinhamos de viver as escondidas (hoje isso seria impensável para mim) além de viver muitos e muitos atritos com suas constantes mudanças de humor e repentinas traições. Mas quando estavamos juntos, ele me tratava como um rei e eu sentia uma sensação única de bem estar que jamais depois consegui ter novamente. E o sexo, nem posso descrever.
Da mesma maneira meu amigo Ricardo vive a sombra de um grande homem que um dia foi chamado de seu, porém nunca mais encontrou alguém que conseguisse suprir as necessidades que nem ele mesmo sabia que possuia antes de terminar com seu deus grego. Apolo era tudo isso. Um tenente da marinha que possuia além de muitas divisas, um carinho único demonstrado a meu amigo deixando-o por vários anos após o término do namoro num vazio quase impossível de ser preenchido.
"Depois de você, os outros são os outros e só!"
Estavamos os três em uma mesa no shopping essa semana conversando, eu, Ricardo e Marcos discutindo sobre as minhas posições em relação a não me prender a mais ninguém. Para Marcos a minha posição de não querer "casar" com ninguém tem apenas o estigma de aproveitar a prosmiscuidade livremente. Marcos era uma dessas pessoas únicas que acreditam no amor e não consegue ficar sozinho, sempre está namorando alguém. Casamento é com ele mesmo!
_Mas você tem de aceitar o que a vida lhe oferece. Se a vida lhe trouxe essas pessoas, é entre elas que você encontrará seu grande amor e não ficar por ai procurando o homem ideal.
_Marcos, não concordo que eu tenha de apenas aceitar e pronto! Nenhum dos que me apareceram até agora eram os caras certos.
Ai veio a confirmação do que eu temia:
_Esse é o seu problema, você idealiza os homens com o Troy. Se o Troy viesse agora e dissesse que quer se casar com você, o que você faria?
_Mas isso é outro caso. - Como sempre saída pela tangente.
A realidade é que ele estava coberto de razão. Eu estava fazendo comparação entre Troy e os outros... E o pior, ele ainda era melhor que os demais. O mais engraçado foi que o Ricardo não falou nada durante a discussão, pois sabia que eramos cumplices nesse aspecto, mas sua postura independente jamais iria aceitar que outro leonino pudesse lhe dar conselhos e ainda o pior, perceber que precisava deixar o passado pra lá, deixado esquecido em outra cidade, em outro estado, em outra vida.
Mas como é possível esquecer de alguém que foi tão importante e nem se dá conta do quanto lhe foi amável? Pior, que não tem idéia de que ainda uma chama arde em corações esperançosos. Afinal, para quem já comeu filé migon fica dificil se acostumar com carne de pescoço!

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Carência Sentimental...




Estive durante essa tarde meditando sobre carências. Pensei que só pode ter carência sentimental quem já anteriormente tenha sido consumido por um sentimento que queira novamente gozar. Pois sem nunca ter sentido seria necessidade!


Ter carências é o que nos recorda de que somos humanos e precisamos de certas coisas para viver. Seria uma das poucas coisas que o dinheiro não compraria e difícil é ser negociada. Mas todos nós queremos e buscamos ansiosamente.


Júlia* minha querida amiga é uma dessas pessoas valentes que conseguem suprir como ninguém a minha carência por afeto. E a esse afeto chamo de amizade. Outros tipos de carências são mais profundas, como pelo carinho de nossos pais, namorados, amantes, affairs, e por ai vai.


Recordo-me de que sempre visitava essa amiga em seu apartamento que havia alugado após sua conflitante experiência de separação, e agora morava com um amigo seu que trabalhava na noite de maneira bem sutil... por assim dizer. Esse era Gerson. Ele possuia muito carisma e um rosto belíssimo que o isentava quanto à sua baixa estatura para o trabalho que realizava. Acabei ficando "amigo" dele.


Pois em uma tarde em que precisava pegar alguma coisa no apartamento de Julia, a qual não me recordo, ela não estava e apenas presente estava Gerson, que prontamente abriu o apartamento e me convidou a entrar. Acabamos conversando um pouco, e esse assunto veio à tona. Dizia que estava muito carente e que precisava de alguém de verdade em sua vida. tentei não me opor no momento em que ele me permitiu usar de seus serviços de graça, e fui embora percebendo como a carência pode tocar alguém. Após um tempo ele voltou para casa de seus pais e hoje deve estar cuidando do gado e ordenhando vacas.


Pior do que você suprir a carência de alguém, é você estar passando por uma fase de carência e acabar entrando em furada com um profissional, e comigo foi assim...


Estava eu caminhando pelo calçadão da Av. Atlântica após a balada de sábado para domingo, isso umas seis da manhã, avistei um rapaz alto, encorpado, cabelos loiros de uma boa aparência e cumprimentei-o e percebi que ele me fitava de uma maneira divertida. Como a noite não havia rendido nenhum beijinho, pensei ser ele a minha solução para a carência. Conversamos e percebi então que ele não era gay e que estava sem dinheiro e por isso toparia qualquer coisa. Não queria pagar por nada disso, mas ele insistiu e continuei tentando argumentar civilizadamente. Não houve recurso. Fui embora e ele me seguiu por muitos metros, dizendo absurdos e me chantageando, até o momento em que passou um ônibus e eu entrei sem saber para onde ia, mas me afastei daquele louco.


Tempos mais tarde a minha carência continuava. Foi então que encontrei o mesmo rapaz no mesmo lugar de antes, só que agora com uma aparência pior, quase maltrapilho. Fiquei com muita pena e conversamos e o levei para minha casa para lhe dar algo pra comer. Acabou passando a noite em meu apartamento. E assim por duas semanas eu tinha um inquilino tapa carência em minha vida.


Foi tão difícil me livrar dele como foi da primeira vez. Lhe dei dinheiro para conseguir outro lugar, ajudei-lhe a arranjar um emprego mas ainda era complicado para ele. Percebia que isso não estava em nada me ajudando com minhas carências, estava eu bancando o papel de pai/mãe daquele marmanjo inconsequente.


Nunca mais o vi. Espero que esteja bem onde estiver, mas com isso aprendi que a pessoa que melhor vai saber tratar das minhas carências está digitando esse texto agora. Sou eu mesmo! Não preciso pagar para ter minhas carências satisfeitas, preciso sim me amar e saber que eu sou a melhor companhia para mim mesmo!


E tenho dito!!!

Avenida Brasil








"Não consigo mais viver longe do conforto."


Foi a última coisa que lembro ter dito ao meu amigo Ricardo ao telefone quando questionado se acaso eu não queria alugar um apartamento mais no centro da cidade, já que onde moro atualmente não é tão proximo a lugares badalados, a não ser que uma creche e uma padaria se tornem febre na próxima estação? Quem sabe.



Mas a verdade é que quando chegamos a certo ponto de nossas vidas(e isso não quer dizer necessariamente idade) queremos mais viver com conforto e bem estar do que morar no centro em um cubículo qualquer cheio de baratas, para se estar onde tudo acontece.



Estas questões geográficas influenciam muito nas conquistas, pois quando se mora no centro qualquer um pode ser convidado a lhe fazer uma visita, mas quando se habita em um bairro mais afastado, outros pontos devem ser levados em consideração, a locomoção por exemplo.




Dizia ele que um amigo em comum havia locado um apartamento bem pequeno de frente à avenida Brasil e que isso ia lhe render muito mais mobilidade na cidade, e blá blá. Claro que isso levando em conta as conquistas fáceis, as custas de suas noites mal dormidas, já que estou falando de estar no ponto mais nervoso da cidade que não dorme nunca!




Quando cheguei a Balneário minha primeira moradia fixa era bem no centro da cidade! Um porão onde para chegar tinha de descer uma escadaria. Aliás, era insalubre e feio. E começei a conhecer um problema de cidades turísticas, o alto valor dos alugueis. O valor pago era maior do que pago hoje em um apartamento de dois quartos, sacada, sala, banheiro e cozinha de alto nível, mais afastado do centro é claro.



O relacionamento com seu apartamento é tão importante quanto com um homem. Todas as suas qualidades e defeitos devem ser levados em conta, e somente quando você se sente completamente à vontade é que deve ficar onde está ou ir em busca de algo melhor localizado, onde novas opções podem aparecer mais facilmente.

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Fashionista???



O que é ser Fashionista?


Dia desses estava lendo na JUNIORº uma entrevista com Alexandre Herchocovitch onde ele trata a uniformização das monettes fashion que saem para as boates e noites gays quase sempre com o mesmo modelito (skinny+lenço no pescoço+nike), os ratos de desfile de moda que se infiltram nos mesmos e todas essas facetas do cenário gay e cheguei a uma conclusão: Temos que ter paciência com toda essa diversidade!


Não tenho um corpo sarado, aliás, está bem longe disso! Mas gosto de usar roupas que me caem bem e que tenham algo que imponha um certo respeito, pois infelizmente é comprovado que as roupas falam mais de alguém à primeira vista que mil palavras.


Quando olhamos uma mulher usando uma saia na altura da cintura cobrindo os joelhos e camisa branca e poucos acessórios, decidimos que ela é uma puritana; quando vemos um homem trajando terno e gravata, decidimos que ele é importante e assim vai.


Com os gays é pior ainda. Pelas marcas definimos quem é mais interessante, e quem não o é. Definimos e julgamos sim pelas roupas muitas coisas...


Certa feita namorei um rapaz que era lindo e maravilhoso, porém suas roupas eram um desastre. Começei a lhe presentear com algumas peças mais transadas e modernas, e ele as usava só quando estava comigo. Certa feita resolvi mudar completamente seu visual. Troquei todas as suas roupas e fiz um ensaio fotográfico muito sedutor. Consequência disso ou não, seu ego foi inflamado devido aos vários elogios que recebeu e acabei por perder o namorado...


Mas isso não é de todo ruim. Eu sou um fã absoluto de revistas de moda. Amo VOGUE, BAZAAR, MARIE CLAIRE, adoro ler a CARAS só para ver os vestidos que as atrizes estão usando em uma vernissage ou em uma entrega de prêmio...


Quando criança tinha a minha BARBIE a qual vestia com modelitos por mim criados e que eram maravilhosos demais. A imaginação era fértil de verdade naquela época. Não podia comprar roupas de bonecas então as fazia manualmente...


Usar a moda para nos expressarmos é algo muito divino e é maravilhoso, mas pode ser cruel.

Lembro-me uma vez em que estavamos eu, meu amigo Leon* em uma inauguração de um bar sofisticado em nossa cidade. Fui ao meu ver, vestido adequadamente. Vestia uma calça black jeans, um sapato preto clássico, uma camisa branca e um sueter listrado de preto e branco. Ao meu ver estava maravilhoso! Lá pelas tantas, meu amigo Leon, que esquecera até aquele ponto sua ponderação quanto à bebida e classe disse ao grupo de amigos que nos cercavam, ao perceber no mesmo recinto uma menina com um sueter igual ao meu...

_Isso que dá comprar essa blusa em saldão, todo mundo tem igual...


Claro que todas as monetes no momento riram e zombaram de mim, afinal de contas poderiam ficar um mês sem comer mas tinham de comprar a nova calça da COLCCI que foi lançada recentemente. Era compensador pra elas.

Pra mim aquilo foi uma facada, pois meu amigo Leon trabalha como designer de moda, e esquecera que muitas foram as vezes em que ele havia feito o mesmo: comprado sua blusa em uma loja de departamentos onde pelo menos outras vinte pessoas iriam possuir o mesmo gosto que você, mas iriam pagar pelo menos 1/4 do valor da mesma peça em uma loja de grife...


Senti-me como se o mundo parasse, e todas as dezenas de pessoas a minha volta me olhassem e precebessem que minha blusa, que até então era maravilhosa, havia se tornado repentinamente uma cópia barata de alguma peça. Pior, era ver aquela sapa feia, baixa e gorda usando a sua blusa... Mas, a noite estava começando e meu amigo merecia uma lição, a qual dei no mesmo momento:

_Comprei mesmo em saldão! O dinheiro é meu, não devo nada a você e espero que sempre tenha dinheiro suficiente para comprar roupas apenas em lojas de grifes famosas.


No fundo eu gritava: Seu maldito, desgraçado, invejoso, canalha... Mas não era essa a hora de falar. Retirei-me daquele capcioso grupo e fui conversar com alhguém que com certeza possui tanto bom gosto quanto eu: a menina da blusa listrada.


Conversamos muito, rimos muito, tiramos fotos com suas amigas e percebi que quem tem problemas com o mundo fashion, são os que se obrigam a estar sempre nele...


Passado algum tempo, meu orgulho me incitou a fazer algo maldoso. A grife onde meu amigo trabalhava acabou por vender algumas peças de suas coleções de bolsas e acessórios para a loja de departamentos em que eu estava... Não podia acreditar, comprar as peças da grife do meu amigo, ali na loja de departamentos...


Qual foi a minha decisão? Nenhuma. Não comprei a bolsa, pois pensei que essa atitude não valeria o preço que ia pagar (apesar de ser bem mais barata que na loja do meu amigo) seria o preço da minha consciência e essa não tem valor, e prefiro ficar de fora do mundo fashion, usando ou não minha blusa listrada.
Afinal de contas, quem manda no meu nariz sou eu!